Indicado de Trump para o meio ambiente reconhece que mudança climática ‘é real’

trump afp

O indicado do presidente eleito Donald Trump para dirigir a Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos reconheceu, nesta quinta-feira (16), em sua audiência de confirmação no Senado, que a mudança climática provocada pelo homem “é real”.

Lee Zeldin, ex-congressista de Nova York, é um fiel partidário das promessas eleitorais do líder republicano de impulsionar o domínio energético dos Estados Unidos e revogar as regulamentações ambientais promulgadas durante a presidência do democrata Joe Biden, que deixa o cargo na segunda-feira.

Trump considerou a mudança climática como uma “fraude” e retomou, durante a campanha, suas antigas afirmações de que não é motivo de preocupação, ao mesmo tempo em que prometeu intensificar as perfurações em busca de petróleo e gás.

Zeldin, no entanto, disse nesta quinta-feira, diante da Comissão de Meio Ambiente do Senado, que acredita que a mudança climática é “real” e que os comentários de Trump devem ser vistos como uma preocupação com os altos custos das políticas verdes.

“Acredito que ele está preocupado com os custos econômicos de algumas políticas sobre as quais há um debate e uma diferença de opinião”, concluiu.

Alguns grupos ecologistas expressaram preocupação com a nomeação de Zeldin, destacando sua lealdade a Trump. Apesar disso, sua confirmação tem grandes chances de ser concretizada devido ao forte apoio republicano.

Em resposta às perguntas no Senado, Zeldin também disse que dará prioridade à água e ao ar limpos, mas não forneceu detalhes sobre seus planos para combater a mudança climática.

Durante seu primeiro mandato, Trump retirou os Estados Unidos do Acordo de Paris sobre o clima. Depois, Biden recolocou o país neste pacto para limitar o aumento global da temperatura. Mas o republicano pode reverter novamente o processo.

O ano de 2024 bateu o recorde de altas temperaturas em todo o território continental dos Estados Unidos e se tornou o mais quente desde o início dos registros, segundo a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA).

© Agence France-Presse

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