Deolira, de 119 anos, tenta tomar o lugar de pessoa mais velha do mundo de Inah Canabarro, com 116

Deolira Glicéria Pedro da Silva, residente no interior do Rio de Janeiro, afirma ser a pessoa viva mais velha do mundo. Com 119 anos, ela está prestes a completar 120 anos em março de 2025. Nascida em Porciúncula, no estado fluminense, Deolira atualmente vive em Itaperuna, onde é cuidada por suas netas, Doroteia e Leida.

A idosa e sua família buscam o reconhecimento oficial do Guinness World Records, com o apoio do médico geriatra Juair de Abreu Pereira, que acompanha sua saúde. Segundo o médico, Deolira está em bom estado físico, sem a necessidade de medicamentos e mantendo uma dieta equilibrada.

Embora Deolira tenha documentos que indicam seu nascimento em 10 de março de 1905, muitos desses registros foram perdidos em enchentes que atingiram a região há quase 20 anos. Isso tem dificultado o processo de confirmação de sua idade, mas pesquisadores como Mateus Vidigal, da Universidade de São Paulo, acreditam que ela tem mais de 100 anos.

No entanto, o Guinness ainda não validou oficialmente sua idade devido à falta de documentação aprovada por instituições responsáveis. O caso de Deolira está sendo investigado em um estudo sobre a longevidade no Brasil.

Enquanto isso, a pessoa reconhecida oficialmente como a mais velha do mundo é a gaúcha Inah Canabarro Lucas, que, aos 116 anos, foi confirmada pelo site especializado LongeviQuest. Nascida em 8 de junho de 1908, na cidade de São Francisco de Assis, no Rio Grande do Sul, Inah assumiu o título após a morte da japonesa Tomiko Itooka, em dezembro de 2024. Inah vive em Porto Alegre, na Congregação Irmãs Teresianas do Brasil, onde segue uma rotina estruturada, com horários fixos para acordar, comer, rezar e dormir.

Inah Canabarro também é a freira mais velha do mundo. Durante sua vida, ela se dedicou à educação, lecionando português e matemática no Rio de Janeiro. Além disso, em 2018, recebeu uma bênção apostólica do Papa Francisco em seu 110º aniversário.

Apesar das dificuldades auditivas e visuais, ela mantém uma grande independência e uma vida tranquila, sendo considerada um exemplo de longevidade. Seu sobrinho, Kleber Vieira Canabarro Lucas, acredita que a disciplina e a espiritualidade são fatores que contribuem para sua longevidade.

Ambos os casos, o de Deolira e o de Inah, chamam atenção para os fatores que influenciam a longevidade, como o estilo de vida disciplinado, a alimentação saudável e os cuidados médicos.

O médico de Deolira destaca que sua boa saúde pode estar relacionada aos hábitos saudáveis que ela mantém, como o consumo de bananas, alimento que aprecia. A comparação entre as duas idosas também levanta a discussão sobre as diferentes formas de alcançar idades avançadas, seja por meio de cuidados médicos adequados ou pela dedicação à espiritualidade.

Apesar da disputa pela titularidade do título de pessoa mais velha do mundo, ambos os casos são um exemplo de vida longa e saudável. Deolira aguarda a validação oficial de sua idade pelo Guinness, enquanto Inah mantém sua rotina e sua história de vida como um símbolo de longevidade no Brasil. Ambas são referências, não apenas pela idade, mas também pelos hábitos que as ajudaram a chegar a essas marcas impressionantes.

Enquanto o número de pessoas centenárias cresce no Brasil e no mundo, as histórias de Deolira e Inah oferecem valiosas lições sobre a importância dos cuidados com a saúde, da alimentação adequada e da convivência familiar. O interesse sobre o fenômeno da longevidade segue em alta, e novas investigações científicas provavelmente surgirão para entender ainda mais o que torna possível atingir idades tão avançadas.

O reconhecimento oficial de Deolira por parte do Guinness ou o contínuo destaque de Inah como a pessoa mais velha do mundo são apenas aspectos do interesse crescente sobre longevidade. Independentemente disso, as duas idosas continuam a inspirar e a desafiar as expectativas sobre o envelhecimento e a saúde na terceira idade.

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