Setor de serviços liderou a empregabilidade no Rio Grande do Sul em 2024

O Rio Grande do Sul alcançou uma taxa de desemprego de 5,1% no terceiro trimestre de 2024. De acordo com os dados da Fundação Gaúcha do Trabalho e Ação Social (FGTAS), é a menor dos últimos dez anos e ficou abaixo da média nacional, de 6,4%. O número foi alcançado em um período no qual o Estado se recuperava da maior tragédia climática da história. De janeiro a novembro houve um saldo positivo de 90 mil empregos formais, com destaque para o setor de serviços.

Em entrevista à Rádio Gazeta FM 107,9, o presidente da Fgtas/Sine, José Scorsatto, detalhou que na comparação com o ano anterior, 2024 gerou 15 mil empregos a mais. “A preocupação após as enchentes é que os empregos se mantivessem e que o empresário pudesse continuar acreditando e investindo na geração de vagas”, observou.

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José Scorsatto: há muitas oportunidades

Para surpresa de todos, os postos de trabalho não somente se mantiveram como houve a ampliação mencionada. “Obviamente que para 2025 o nosso desafio é baixar ainda mais a curva [de desemprego].” Scorsatto frisou que esse índice de 5,1% considera pessoas que estão em busca de vagas no mercado formal.

“Tem muitas oportunidades e a nossa missão, por meio dos feirões e de nossas agências, além de parcerias com os setores que empregam, é achar a afinidade e o perfil para que a pessoa ocupe o mercado formal de trabalho.” Enfatizou a importância do fortalecimento da economia para que todos os setores avancem e fomentem o crescimento uns dos outros.

No acumulado de 2024, o setor de serviços foi o que mais contratou, seguido da indústria, comércio, construção civil e agronegócio. Esse último varia muito conforme as épocas de safra das diferentes culturas no Estado e a necessidade de mais mão de obra para colheita, armazenagem, transporte e beneficiamento da produção agrícola. O comércio, da mesma forma, procura mais trabalhadores nos períodos de datas comemorativas, sobretudo no Natal.

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Na avaliação do presidente da FGTAS, o Rio Grande do Sul vive um momento de pleno emprego. “Oferta de empregos há, o que nós temos é que aproximar as pessoas que precisam estar no mercado de trabalho”, frisou. Scorsatto entende que é necessário discutir os programas oferecidos pelo governo federal, como o Bolsa Família. Na compreensão dele, trata-se de um importante meio de justiça social e distribuição de renda, mas faz com que muitas pessoas prefiram permanecer na informalidade para não perder o benefício.

“Tem pessoas que estão há mais de dez anos. Eu acho muito tempo para ficar em um programa social, isso tem que ser reduzido”, afirma. Defende ainda a modernização dos processos trabalhistas, sobretudo para facilitar a modalidade de trabalho intermitente. “O mercado avançou. A CLT criada por Getúlio Vargas, tão importante e fundamental para o País, avançou. Hoje o diálogo com o mercado é diferente.”
Chama a atenção ainda para as mudanças trazidas pelos trabalhadores mais jovens, como a contratação por meio de um CNPJ, e a necessidade de se adaptar ao que está chegando.

*Colaboraram Carina Weber e Lucas Malheiros

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