Sociedade de Oftalmologia faz alerta sobre os perigos dos colírios milagrosos

O mercado presencia o aumento significativo na venda de colírios sem registro e anunciados com propagandas atraentes em sites e redes sociais como “milagrosos”. É o que alerta a Sociedade de Oftalmologia do Rio Grande do Sul (Sorigs), sobre os sérios riscos na automedicação e na falta de regulamentação desses supostos medicamentos que, portanto, são ilegais.

São produtos que, na maioria, se utilizam de depoimentos fictícios para impulsionar as vendas, prometendo curar as doenças oculares, tratar de alergias, melhorar a visão sem óculos, clarear a esclera e até substituir cirurgias. Porém, os especialistas em oftalmologia chamam a atenção para o uso sem prescrição médica que pode causar danos graves à saúde ocular, incluindo a cegueira irreversível.

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A recomendação da Sorigs é que os consumidores procurem orientação profissional antes de utilizar qualquer tipo de colírio, além de evitar a compra daqueles cuja propaganda promete resultados sem comprovação científica. Muitos desses itens possuem apenas indicação terapêutica, mas, para serem vendidos como medicamentos, necessitariam de regularização na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

“Na grande parte, vendidos na internet, são colírios sem registro na Anvisa que prometem resultados rápidos e soluções duvidosas para problemas oculares sem a necessidade de consulta médica”, explica o médico oftalmologista Bruno Schneider de Araújo, presidente da Sorigs. Ele aponta que somente medicamentos registrados garantem qualidade e segurança.

Principais problemas

Entre os principais riscos associados ao uso desses colírios ditos milagrosos, destacam-se infecções oculares graves (ceratites e conjuntivites químicas). Além disso, há substâncias tóxicas ou irritantes que podem causar danos irreversíveis à córnea e esclera e também retardo no diagnóstico de doenças graves (glaucoma e catarata) devido ao alívio sintomático momentâneo.

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Em caso de exposição a esses produtos e apresentação de qualquer sintoma ocular — vermelhidão, dor ou dificuldade visual —, o presidente da Sorigs indica que o paciente consulte um oftalmologista. E reforça que a compra deve ser realizada apenas em farmácias confiáveis e regulamentadas.

“Os colírios são medicamentos que devem ser utilizados com cautela e sob orientação médica. O uso sem orientação profissional também pode prejudicar o tratamento”, explica o médico oftalmologista Bruno Schneider de Araújo.

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