Policial militar embriagado atropela motorista de aplicativo e responde por lesão corporal e violência doméstica

Um policial militar envolveu-se em um acidente grave na Avenida Araucárias, em Águas Claras, no último dia 11 de janeiro, às 6h30 da manhã. Lucas Felipe Gomes de Castro, que está no curso de formação de praças da Polícia Militar, dirigia sob efeito de álcool quando perdeu o controle do veículo e atingiu dois carros parados na pista. A batida prensou o motorista de aplicativo, de 42 anos, entre os automóveis, conforme divulgado pelo Corpo de Bombeiros do Distrito Federal (CBMDF).

Após o atropelamento, o carro do policial capotou. Imagens feitas por testemunhas mostram latas de cerveja espalhadas na pista. Segundo a polícia, Lucas se recusou a fazer o teste do bafômetro no local, mas exames no Instituto Médico Legal confirmaram que ele estava alcoolizado. Lucas foi preso, mas liberado no dia seguinte após audiência de custódia. Ele responde por lesão corporal culposa devido à embriaguez ao volante. A Polícia Militar abriu um processo administrativo para investigar sua conduta.

Além do acidente, Lucas já responde a um processo por violência doméstica contra a ex-companheira. Em dezembro, ele foi acusado de agredir a mulher com um tapa no rosto e de praticar violência psicológica e física. De acordo com o depoimento prestado pela vítima à Polícia Civil, Lucas, sem motivo aparente, teria desferido um tapa no rosto da esposa, causando seu desequilíbrio. A mulher, com quem ele é casado há três anos, relatou que o companheiro se torna agressivo sempre que ingere bebidas alcoólicas, recorrendo frequentemente a atos de violência física e psicológica. Ela também narrou que, em uma ocasião anterior, Lucas tentou enforcá-la, fazendo com que ficasse sem ar.

No processo, Lucas apresentou um atestado do Centro de Atenção Psicossocial (CAPS). Em uma decisão recente, o juiz responsável determinou a revogação da medida protetiva de afastamento do lar, permitindo que Lucas frequente o imóvel em Sobradinho-DF. Contudo, a Justiça também impôs a proibição de que ele frequente ou se aproxime da residência da vítima, mantendo uma distância mínima de 100 metros.

Entramos em contato com a Defensoria Pública, que defende o policial judicialmente, mas não tivemos retorno até o fechamento desta edição.

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