Veja quais são os principais candidatos a suceder Trudeau no Canadá

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BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS)

Com popularidade em forte queda, o primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, renunciou no início do ano com o intuito de abrir espaço para um novo líder de seu Partido Liberal. O escolhido não terá vida fácil.

Com a renúncia de Trudeau, o novo líder do partido assume o cargo de premiê. O Canadá, no entanto, precisa convocar novas eleições até outubro, e o Partido Conservador, o maior da oposição e franco favorito nas pesquisas, já promete acelerar o processo no Parlamento.

Segundo a revista The Economist, são oito candidatos. Veja quem são os principais nomes do Partido Liberal para substituir Trudeau.

CHRYSTIA FREELAND

Ex-vice-primeira-ministra e ministra das Finanças, Freeland renunciou em dezembro do ano passado.

A renúncia foi o ápice da crise interna da legenda e gerou ampla especulação de que ela iniciaria sua própria candidatura para liderar o Partido Liberal.

Freeland teve carreira bem-sucedida como editora no jornal The Globe and Mail em Toronto e como jornalista internacional, atuando como correspondente e em cargos de liderança no Financial Times e na Reuters. Ela voltou ao Canadá para se juntar aos liberais em 2013.

Após o partido assumir o poder, ela desempenhou papéis importantes na resolução de várias questões prioritárias para Trudeau, em particular a negociação do sucessor do Acordo de Livre Comércio da América do Norte, durante a primeira gestão Trump nos EUA.

Pessoas familiarizadas com os eventos em torno de sua saída do governo afirmaram que Trudeau tentou demiti-la por meio de uma videochamada e ofereceu-lhe um cargo menor, o que ela teria recusado e decidido pela renúncia.

MARK CARNEY

Antes da renúncia do premiê, a equipe de Trudeau vinha buscando discretamente Carney, o ex-chefe do Banco do Canadá que também esteve à frente do Banco da Inglaterra, para substituir Freeland como ministro das Finanças. Carney e Freeland são amigos de longa data, e ele é padrinho de um dos filhos dela.

Esses esforços para atrair Carney desmoronaram após a ruptura pública de Freeland com Trudeau e sua renúncia do gabinete. Desde então, veículos de notícias canadenses relataram que Carney tem ligado para membros liberais do Parlamento para pedir apoio e conselhos caso ele decida se candidatar à liderança.

Durante seu tempo como chefe do Banco da Inglaterra, Carney ganhou a reputação de fazer discursos com jeito de sermão que se inclinavam para o político, incluindo opiniões sobre os perigos financeiros das mudanças climáticas. Em livro publicado recentemente, Carney critica de forma contundente o capitalismo e afirma que os mercados devem servir aos cidadãos.

KARINA GOULD

Especialista em comércio e investimentos, Gould entrou na disputa dizendo que representaria uma “nova geração”. Ela foi eleita pela primeira vez em 2015 e desempenhou vários papéis no governo, sendo a mulher mais jovem a tomar posse como ministra no Canadá.

Aos 37 anos, foi ministra da Família, do Desenvolvimento Internacional e ministra das Instituições Democráticas, antes de assumir seu papel atual como líder da Câmara, onde supervisiona a agenda legislativa do governo.

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