Estudos apontam quais são as 10 cidades mais violentas do Brasil em 2025

O 18º Anuário Brasileiro de Segurança Pública revelou dados alarmantes sobre as cidades mais violentas do Brasil em 2023. O relatório, divulgado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, destacou um aumento significativo nas mortes violentas em certas regiões, especialmente no Norte e Nordeste do país. Santana, no Amapá, despontou como a cidade mais violenta, apresentando uma taxa impressionante de 92,9 mortes violentas por 100 mil habitantes.

Conforme os registros, a categoria Mortes Violentas Intencionais (MVI) contempla homicídio doloso, latrocínio, lesão corporal seguida de morte, e mortes resultantes de intervenções policiais. Este aumento no MVI em locais como Santana reflete as complexidades e desafios enfrentados por essas regiões sem controle da segurança pública.

Quais fatores contribuíram para o aumento da violência em Santana?

Várias razões podem explicar porque Santana liderou o ranking das cidades mais violentas. Um dos fatores apontados é o controle pelo porto local, território alvo de disputas intensas. Além disso, houve um aumento nas mortes por intervenção policial, refletindo a difícil relação entre a segurança pública e a criminalidade nestas áreas. A violência urbana nesse contexto é muitas vezes exacerbada por confrontos entre facções criminosas.

Esses elementos são agravados por uma falta de infraestrutura social e serviços públicos inadequados, que não atendem às necessidades reais da população, aumentando a vulnerabilidade a práticas criminosas e diminuindo a eficácia das ações de segurança.

Por Que o Nordeste e o Norte do Brasil São as Regiões Mais Afetadas?

As regiões Norte e Nordeste são frequentemente citadas nos estudos de violência no Brasil. Existem diversos fatores que diferem para essa realidade. Primeiro, as disputas entre facções criminosas por rotas de tráfico e territórios são significativas, resultando em um aumento da letalidade. Além disso, essas regiões têm as maiores taxas de letalidade policial, demonstrando um desafio contínuo na interação entre forças de segurança e a criminalidade local.

Outra questão é a desigualdade económica. Esses estados apresentam índices mais altos de pobreza e menos oportunidades de emprego, fatores que muitas vezes se correlacionam com a alta criminalidade. Reformas estruturais externas para a melhoria das condições de vida podem ser um passo crucial na redução dessas estatísticas alarmantes.

O Brasil Ainda é um País Violento na Escala Mundial?

Apesar de uma queda de 3,4% nas mortes violentas em 2023, o Brasil ainda é classificado como um país extremamente violento. Foram registradas 46.328 mortes violentas, cifra que evidencia a persistência de problemas estruturais na segurança pública. O país, que detém cerca de 3% da população mundial, responde por impressionantes 10% dos homicídios globais.

• Amapá: 69,9 mortes violentas por 100 mil habitantes;
• Bahia: 46,5 mortes violentas por 100 mil habitantes;
• Pernambuco: 40,2 mortes violentas por 100 mil habitantes.

Esses dados reforçam a necessidade de políticas abrangentes para segurança pública, que não consideram apenas ações repressivas, mas também estratégias de prevenção e inclusão social, envolvendo uma diminuição contínua dos índices de violência urbana.

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