Faltavam controladores de voo na hora de acidente em Washington, diz jornal

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CAMPINAS, SP (UOL/FOLHAPRESS)

Um relatório preliminar de segurança do FAA (Administração Federal de Avião, na sigla em inglês) dos Estados Unidos aponta que o número de controladores de tráfego aéreo no Aeroporto Ronald Reagan, em Washington, onde aconteceu a colisão de um helicóptero militar e um voo da American Airlines nesta quarta-feira (29), “não era normal para a hora do dia e o volume de tráfego”. O jornal The New York Times teve acesso ao documento.

Controlador que estava lidando com helicópteros nas proximidades do aeroporto também estava instruindo aviões que estavam pousando e decolando do aeroporto. Segundo o jornal, essas tarefas normalmente são atribuídas a dois controladores, em vez de um.

Comunicação com aviões e helicópteros é separada. Controladores podem usar frequências de rádio diferentes para falar com pilotos das aeronaves. Porém, enquanto o controlador se comunica com os pilotos do helicóptero e do jato, os dois podem não conseguir ouvir um ao outro.

Segundo o jornal, a falta de pessoal em torres de controle de aeroportos norte-americanos é um problema antigo. Citando um relatório do Plano de Força de Trabalho do Controlador de Tráfego Aéreo, encaminhado anualmente ao Congresso, o Aeroporto Ronald Reagan deveria ter 30 profissionais atuando, mas tinha, em setembro de 2023, apenas 19.

FAA não respondeu ao pedido de comentário feito pelo jornal.

O ACIDENTE

Choque entre aeronaves desta quarta deixou 67 mortos ao total. O avião transportava 60 passageiros e quatro tripulantes, enquanto o helicóptero militar levava três soldados a bordo. Ninguém sobreviveu. Os destroços das duas aeronaves caíram no rio Potomac, que já tinha registrado um acidente aéreo em janeiro de 1982

Acidente é o mais mortal da história dos EUA desde 2001. No dia 12 de novembro daquele ano, um avião da American Airlines caiu em um bairro residencial de Nova York minutos após ter decolado do Aeroporto Internacional John F. Kennedy. Tragédia há 24 anos matou 260 pessoas a bordo e cinco no solo

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