Karla Sofía Gascón pede desculpas por tuítes criticando George Floyd e Islã

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SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS)

Karla Sofía Gascón, 52, a protagonista de “Emilia Pérez”, pediu desculpas após uma série de tuítes polêmicos realizados pela atriz viralizarem no X, antigo Twitter.

A artista lamentou as publicações em comunicado enviado à revista norte-americana Variety. “Quero reconhecer a conversa em torno de minhas postagens anteriores nas redes sociais que causaram mágoa.”

“Como alguém em uma comunidade marginalizada, conheço muito bem esse sofrimento e lamento profundamente àqueles que causei dor. Durante toda a minha vida, lutei por um mundo melhor. Acredito que a luz sempre triunfará sobre a escuridão”

Usuários das redes sociais encontraram publicações de anos atrás, quando a atriz expressou opiniões polêmicas sobre muçulmanos, o caso George Floyd e a diversidade no Oscar. A nova controvérsia veio logo após Gascón sugerir que a equipe de Fernanda Torres e de “Ainda Estou Aqui” teria articulado ataques contra ela.

Em junho de 2020, Karla falou sobre a morte de George Floyd e chamou o segurança de “vigarista viciado em drogas”. “Eu realmente acho que pouquíssimas pessoas se importaram com George Floyd, um vigarista viciado em drogas, mas sua morte serviu para revelar mais uma vez que há quem considere os negros como macacos sem direitos e quem considere que a polícia é assassina. Todos errados”, disse ela no X, antigo Twitter.

Meses depois, a artista ironizou a foto de uma família muçulmana. “O Islã é maravilhoso, sem nenhum machismo. As mulheres são respeitadas e, quando são muito respeitadas, deixam um quadrinho no rosto para que os olhos e a boca fiquem visíveis, mas só se elas se comportarem. Embora elas se vistam assim por sua própria vontade. Que asco mais profundo para a humanidade”, declarou em setembro de 2020.

Gascón fez uma série de posts críticos aos muçulmanos e chegou a comparar o islamismo a uma doença. “O Islã está se convertendo em uma infecção para a humanidade que deve ser curada urgentemente”, opinou em julho de 2016.

Karla, que agora é a primeira atriz trans a ser indicada ao prêmio de Melhor Atriz no Oscar, reclamou até da diversidade da premiação. “Cada vez mais o Oscar parece uma cerimônia de filmes independentes e de protesto, eu não sabia se estava assistindo a um festival afro-coreano, a uma manifestação do Black Lives Matter ou ao 8M. Além disso, uma gala feia, feia”, disse ela sobre a cerimônia de 2021.

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