Ex-senador Reguffe se filia ao Solidariedade, mas nega pretensão eleitoral

O ex-senador José Antônio Reguffe anunciou, em primeira mão ao Jornal de Brasília, neste sábado (1º), sua filiação ao partido Solidariedade. Fora dos debates políticos há pouco mais de dois anos, quando encerrou seu mandato no Congresso, Reguffe garante que não pretende se candidatar, mas apenas voltar ao debate de forma a contribuir com o Distrito Federal e com o Brasil.

“Ser candidato não serei. Não quero ser personagem, mas quero voltar a discutir a política. Decidi ir para o Solidariedade, porque precisamos encampar algo para fora dessa polarização”, garantiu o ex-candidato ao Governo do Distrito Federal ao Jornal de Brasília.

Em carta, após sua filiação, Reguffe afirmou: “Não existe partido perfeito, mas precisamos urgentemente criar uma alternativa para o país fora dessa polarização”.

Ao longo de 16 anos de mandatos — deputado distrital, deputado federal e senador —, o político ficou conhecido pelo discurso de redução de gasto e o envio de recursos para a área da saúde. Temas como o combate à corrupção também geraram, no eleitorado do Distrito Federal, a expectativa de que ele viesse a disputar a cadeira de governador.

Porém, em agosto de 2022, em seu último ano de mandato no Senado, Reguffe desistiu de sua pré-candidatura ao Palácio do Buriti por discordar de pontos colocados por pretensos aliados e o apoio do União Brasil, partido ao qual era filiado, a Ibaneis Rocha (MDB) em sua reeleição ao Palácio do Buriti.

Além da polarização, Reguffe afirma que pretende cuidar da sua saúde e do seu filho, atualmente com 8 anos. Ele lembra dos desgastes de se estar em um mandato.

Quanto a gerar uma nova expectativa para as eleições do ano que vem, o ex-senador destaca: “Pessoas que gostam de mim podem achar que posso ser [candidato], mas não é o que quero”.

Confira abaixo o manifesto de José Antônio Reguffe no seu retorno à vida partidária.

Grito pelo Brasil

O Brasil vive uma polarização que vem fazendo mal ao país. Não se discute projetos nem um programa sério para o futuro do país. Um lado só sabe falar mal do outro. Precisamos ultrapassar esse momento triste da história do Brasil e conseguir oferecer ao país uma alternativa a essa polarização, que afasta irmãos, divide famílias e que não oferece ao país um projeto verdadeiro de desenvolvimento nacional com visão de longo prazo. Eles acham que o Brasil se resume a eles. Não conseguem compreender que existe uma parcela de brasileiros que simplesmente não se considera representada em nenhum desses dois lados. E essa parcela precisa se unir, com espírito público e patriotismo, e oferecer ao país uma alternativa.

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