Rascunho de Da Vinci ajuda a revelar passagens secretas subterrâneas

Graças a um rascunho do polímata Leonardo da Vinci e à ajuda de uma tecnologia de escaneamento subterrâneo, cientistas e arqueólogo finalmente descobriram um complexo de túneis subterrâneos escondido há séculos embaixo de um castelo em Milão.Na década de 1400, Francesco Sforza, duque de Milão, iniciou a reconstrução de uma fortaleza medieval para transformá-la em uma grandiosa residência real. Foi a partir de um esboço do Castelo Sforza, que iniciaram rumores da existência de passagens secretas sob o local.Ludovico Sforza, herdeiro de Francesco, contratou Leonardo da Vinci para fazer as artes para o castelo. O pintor então fez diversos desenhos do prédio, incluindo os túneis, para usar de referência.A pesquisadora da universidade e uma das responsáveis do projeto Francesca Biolo, disse em uma declaração pública que o “radar de penetração no solo melhorou o modelo 3D a partir de espaços conhecidos, mas inacessíveis, e trouxe conhecimento a corredores desconhecidos e ideias para futuros estudos em passagens secretas.”

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Os estudiosos utilizaram radar de penetração no solo e varredura a laser para explorar a estrutura para descobrir as passagens documentadas no Codex Forster I, e descobriram indícios de uma rede ainda mais extensa de corredores subterrâneos.Os historiadores acreditam que essas passagens tinham propósitos militares, mas também eram utilizadas para deslocamentos discretos da nobreza. Uma das rotas descobertas liga o castelo à Basílica de Santa Maria delle Grazie, onde está a icônica pintura A Última Ceia e os túmulos da família Sforza. Essa conexão sugere um acesso privado aos mausoléus nobres e reforça a teoria de que Ludovico Sforza usava o caminho secreto para visitar o túmulo de sua esposa, Beatrice d’Este.Agora, os historiadores pretendem desenvolver um “gêmeo digital” – que é uma representação digital de um objeto ou um local, capaz de proporcionar uma realidade aumentada para permitir que visitantes explorem virtualmente os túneis e conheçam detalhes históricos antes inacessíveis.“Nosso objetivo é criar um modelo digital que não apenas represente a aparência atual do castelo, mas também nos ajude a explorar o passado e recuperar elementos históricos perdidos”, explicou Franco Guzzetti, professor da Politécnica de Milão.

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