Kanye West mantém comportamento polêmico no Grammy 2025; relembre histórico de escândalos envolvendo o rapper

O rapper Kanye West e sua companheira, a modelo e arquiteta Bianca Censori, foram responsáveis pela maior polêmica do Grammy 2025. Censori chegou no tapete vermelho vestindo apenas um casaco preto e, ao lado de West, retirou a peça para mostrar o ‘look’ para os fotógrafos. Com um vestido transparente, e sem usar nenhuma peça íntima, a modelo posou nua no evento mais importante da música estadunidense. O Grammy aconteceu em Los Angeles, na noite deste domingo, 2.

Após a repercussão inicial do look, rumores de que o casal foi o expulso da apresentação circularam na imprensa local. O Entertainment Tonight publicou que tanto o rapper quanto a modelo foram expulsos do evento, entretanto, apagaram a publicação pouco depois. Ao mesmo tempo, o Page Six postou que o casal foi levado por policiais até a saída da festa da música. Apesar dos rumores, nem o casal nem o evento publicaram nada em suas páginas oficiais. 

Fontes ligadas à Variety disseram, entretanto, que West e Censori deixaram o evento por conta própria. “[Eles simplesmente] andaram no tapete, entraram no carro e foram embora”, afirmaram.  

Kanye West concorria na categoria Melhor Música de Rap por ‘Carnival’, produção em parceria com Ty Dollas Sign. O vencedor na categoria foi o rapper Kendrick Lamar, com a música “Not Like Us”, feita para Drake.

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Histórico de polêmicas

Ao longo de sua carreira, Kanye West se envolveu em uma série de polêmicas, algumas, inclusive, repercutem até os dias de hoje. Relembre: 

  • Briga com Taylor Swift: 

Kanye West esteve no centro de uma controvérsia que se estendeu por anos com Taylor Swift. Tudo começou durante a cerimônia do Video Music Awards de 2009, quando o músico interrompeu o discurso de agradecimento da cantora para declarar que Beyoncé era quem merecia levar o prêmio de Melhor Clipe Feminino. O rapper subiu no palco e retirou o troféu das mãos da vencedora, imagem que repercutiu em todo o mundo.

Kanye West tomando prêmio das mãos de Taylor Swift em 2009 l Foto: Getty Images.

Na ocasião, Swift ficou visivelmente constrangida com a atitude de Kanye, o que deu início a uma série de desentendimentos públicos entre os dois. Anos mais tarde, durante a promoção de seu sétimo álbum de estúdio, *The Life of Pablo*, Kanye reacendeu a polêmica ao lançar o single *Famous*. Na letra da música, ele insinuou que havia sido responsável por tornar Taylor Swift uma personalidade famosa e sugeriu que, por isso, ela deveria ter relações sexuais com ele. O episódio gerou ainda mais tensão entre os artistas.

  • “400 anos de escravidão foram uma opção”

Em uma entrevista ao TMZ em maio de 2018, Kanye West causou polêmica ao sugerir que os 400 anos de escravidão nos Estados Unidos teriam sido uma “escolha” dos negros. A declaração gerou forte repercussão e críticas, sendo amplamente contestada por minimizar a brutalidade e a opressão histórica sofrida pelos africanos escravizados e seus descendentes.

“Quando você ouve sobre a escravidão por 400 anos… Por 400 anos? Isso soa como uma escolha. É como se estivéssemos mentalmente aprisionados”, declarou. Na mesma ocasião, West disse que “escravidão é para negros, e Holocausto para os judeus. A prisão é algo que nos une como uma raça, negros e brancos”. 

  • Mais influente do que Picasso

Em 2016, quando Kanye West passava por um de seus momentos de grande exaltação do ego, o rapper teve um surto após seu show no Saturday Night Live ter sido transferido para outro horário e palco. O áudio do incidente, divulgado pelo Page Six, revelou West gritando de forma descontrolada, exigindo respeito e se autoproclamando mais influente do que algumas das figuras mais icônicas da história. O episódio gerou controvérsia e chamou atenção pelo comportamento explosivo e pelas declarações grandiosas do artista.

“Sou 50% mais influente do que Stanley Kubrick, Pablo Picasso, Paulo, o apóstolo, e Pablo Escobar. Não mexe comigo. Não mexe comigo. Pelo menos 50%. Mortos ou vivos. Pelo menos por mil anos”, afirmou. 

  • Antissemitismo 

Em 2022, West fez uma série de declarações declarando empatia pela figura de Adolf Hitler, o que o levou a perder parcerias com marcas como Adidas e também processos contra antigos funcionários. No talk show InfoWars, apresentado por Alex Jones, West afirmou que “todo ser humano tem algo de valor que trouxe para a mesa, especialmente Hitler”. No mesmo programa, o músico complementou: “Eu não gosto da palavra ‘mau’ ao lado de nazistas”, disse o rapper. “Eu amo os judeus, mas também amo os nazistas”.

Em um de seus posts, West afirma que “eu não posso ser antissemita porque pessoas negras também são, na verdade, judias” l Foto: Reprodução.

Em outubro do mesmo ano, a Balenciaga e a GAP encerraram contratos com as marcas de West devido às suas declarações antissemitas (que se replicaram com frequência nos seus perfis das redes digitais). O perfil X (antigo Twitter) do cantor foi suspenso algumas vezes por divulgação de símbolos nazistas e incitação aos discursos de ódio. 

Até mesmo o museu Madame Tussauds, que exibe estátuas de ceras dos famosos, retirou de exposição a peça que homenageava o rapper. 

  • Movimento Black Lives Matter 

        Outro ponto que gerou polêmica foi o posicionamento de West sobre o movimento Black Lives Matter (Vidas negras importam). Em determinada ocasião, o cantor apareceu publicamente vestindo uma camisa dizendo “White Lives Matter” (Vidas brancas importam) e, pouco depois, declarou que o movimento anti racista “foi uma farsa”.  

Foto: Reprodução / Instagram.

       Mais uma polêmica surgiu quando o rapper disse que George Floyd (homem negro que morreu em abordagem policial, dando início ao movimento Black Lives Matter) havia morrido devido ao uso de fentanil. A fala foi feita no podcast Drink Champs e rendeu processos por parte da família de Floyd contra Kanye. 

  • Ambiente profissional tóxico e sexista

Uma carta feita por antigos empregados da marca de Kanye, divulgada pela Rolling Stones, colocavam o ambiente de trabalho criado pelo músico como tóxico e caótico. Na carta, há relatos de que West mostrava pornografia “hardcore”, durante horário comercial, envolvendo, em algumas ocasiões, a ex-esposa do rapper, Kim Kardashian.

“Ele estaria em uma reunião e falaria com você, enquanto mexia no notebook para exibir um vídeo pornô. E ele dizia: ‘’Eu sei que é desconfortável, mas eu meio que preciso disso em segundo plano para me manter focado’”, compartilhou um antigo funcionário. 

As polêmicas em sequência resultaram na perda de mais de US$ 1 bilhão nas marcas de moda do músico, que segue adotando comportamentos polêmicos, como o visto na noite de ontem, 2, no Grammy.

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