Presidente CBF, Ednaldo é quem escala árbitros do Baiano; caso pode gerar investigação

O último Ba-Vi, disputado no sábado, 1º, na Arena Fonte Nova, não apenas marcou o histórico 500º confronto entre Bahia e Vitória, mas também trouxe à tona velhas discussões sobre a atuação da arbitragem, em especial do assistente Alessandro Álvaro Rocha de Matos. A performance dele, ao lado do árbitro principal Bruno Pereira Vasconcelos, foi amplamente criticada pela torcida do Bahia, que vê em suas decisões um histórico de polêmicas em clássicos baianos.

Bruno Pereira Vasconcelos

|  Foto: Divulgação

Não é de hoje que o nome de Alessandro Álvaro Rocha de Matos tem sido associado a decisões controversas, em especial em clássicos Ba-Vis. Ao longo dos anos, suas atuações em momentos decisivos provocaram indignação, gerando uma sensação de injustiça entre os tricolores. Relembre.

Alessandro Álvaro Rocha de Matos

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1. Copa do Nordeste de 1998: Gol não validadoEm 1998, um dos momentos que até hoje ecoa nas arquibancadas tricolores aconteceu na Copa do Nordeste, quando o Vitória fez um gol contra o Bahia, e o assistente, Alessandro Matos, validou a jogada, mesmo com a dúvida sobre a totalidade da bola ter ultrapassado a linha. A decisão foi amplamente contestada pelos tricolores, que se viram prejudicados por uma falha que parecia ter sido clara.2. Ba-Vi de 2008: Impedimento injustoEm 2008, no quadrangular final do Campeonato Baiano, o Bahia enfrentou o Vitória em um confronto que decidiria o título. Em um lance crucial, Rogério, do Bahia, marcou um gol legítimo, mas o assistente assinalou impedimento de forma equivocada. O erro impediu o Bahia de conquistar o campeonato e a perda do título pela diferença de um gol teve um gosto amargo para os tricolores.3. 2010: Ação judicial contra a FBFApós anos de atuações polêmicas, o nome de Alessandro Álvaro Rocha de Matos se tornou motivo de revolta para os torcedores do Bahia, que viram a necessidade de um movimento mais radical. Em 2010, um grupo de sócios do clube ajuizou uma ação contra a Federação Bahiana de Futebol (FBF), que deixou de escalar Matos em clássicos baianos por quase uma década.4. Ba-Vi de 2020: Lances controversos e pênalti ignoradoEm 2020, o Ba-Vi realizado pela primeira fase do Campeonato Baiano teve mais um lance polêmico envolvendo Alessandro Álvaro Rocha de Matos, que voltou a atuar em clássicos. O assistente não marcou falta de Lucas Arcanjo em Gustavo, do Bahia, após um lance dentro da área que poderia ser interpretado como pênalti. Apesar da falha do árbitro principal em sua análise, foi a atuação de Matos que causou o maior desconforto, já que ele não relatou ao juiz a infração que poderia mudar o rumo do jogo.Críticas direcionadasA coluna “O Carrasco”, do Jornal A TARDE, fez uma análise contundente sobre a atuação do atual presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, em relação à arbitragem no futebol baiano. De acordo com a publicação, a postura do dirigente baiano foi um dos maiores destaques negativos do Ba-Vi 500: “Quem leva o selo da semana é a CBF e seu presidente. O último Ba-Vi deixou claro: Ednaldo Rodrigues, presidente da Confederação, largou a sutileza e agora apita os jogos do Bahia direto do ar-condicionado da sede da entidade.”A coluna ainda ironiza a situação do VAR, que “simplesmente desapareceu” dos jogos do Campeonato Baiano: “Provavelmente uma iniciativa genial para que os erros fiquem ainda mais difíceis de contestar. Afinal, sem replay, não há crime, certo?”Vale ressaltar que o VAR é utilizado no Baianão sempre a partir das semifinais, o que gerou uma crítica do técnico Rogério Ceni, do Bahia, após o Ba-Vi 500. Para o treinador, a competição precisa de mais investimento, já que não tem grandes atrativos.“Precisa investir em estrutura, colocar um VAR, trazer arbitragem de fora se possível. Radinho pelo menos funcionar. Todo mundo joga porque vale vaga na Copa do Brasil. Campeão fica feliz, para os outros não têm valor o campeonato”, disse Ceni.

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