Temperatura acima da média deve seguir até metade de fevereiro

O Rio Grande do Sul registrou um marco histórico climático nesta terça-feira, 4. Há probabilidade de o Estado ter alcançado a temperatura mais alta desde o início do monitoramento climático, em 1910. De acordo com medições do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) e da Defesa Civil Estadual, os termômetros da cidade de Quaraí marcaram 43,8 graus.

Segundo Estael Sias, meteorologista da MetSul, a onda de calor é comum nesta época do ano, porém, os índices surpreendem. “O que está provocando é em parte a estiagem, o ar mais seco, escassez de chuva no centro e norte da Argentina ajuda a trazer os extremos porque o ar quente resseca o solo, solo muito seco esquenta mais a atmosfera, um fenômeno acaba intensificando o outro e se expandiu”, diz.

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Pela localização, a fronteira é a mais impactada dentro do Estado. Mas, diversas regiões, incluindo o Vale do Rio Pardo, foram notificadas pela Inmet com alerta de perigo que deve se estender para os próximos dias.

Sias diz que deve haver um declínio nos próximos dias, entre quinta, 6, e sexta-feira, 7, com possibilidade de temporais, mas a temperatura já volta a subir novamente a partir de domingo, 9. “Acredito que uma virada mais prolongada, nesse padrão de temperatura extrema, só vai acontecer com chuva, com instabilidade que chega entre os dias 11 e 15 de fevereiro”, explica.

A Defesa Civil reforça orientações para amenizar os riscos do calor extremo. A população deve manter-se hidratada, usar protetor solar e evitar exposição ao sol entre 10 e 16 horas. Idosos e crianças devem receber maior atenção, sendo crucial que fiquem em locais frescos e ventilados. É necessário ficar ainda mais atento aos sinais de insolação, como tontura, fadiga e dor de cabeça. Em caso de emergência, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) atende pelo 192.

Já animais domésticos precisam receber água fresca, não passearem no asfalto quente e estar em locais arejados. Os donos devem ficar atentos a sinais de superaquecimento, como respiração ofegante excessiva e fraqueza.

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Março não deve ser tão quente

A tendência, após a onda de calor, é que os dias e noites comecem a ter a mesma duração, na medida em que se aproxima o Equinócio de Outono em março. “Esses dias mais longos são mais propícios aos extremos de calor. Eventualmente um dia mais quente em março pode acontecer, mas acredito que ondas de calor longas e extremas igual essa, acho pouco provável”, diz Estael.

Ela também ressalta que antes do fim de fevereiro também é esperado um período mais úmido, que deve amenizar o calor para março.

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