Calor extremo deve retornar na próxima semana

O Rio Grande do Sul atingiu, na tarde dessa quarta-feira, 5, a maior temperatura registrada oficialmente. A estação do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) do município de Quaraí – a 550 quilômetros de Santa Cruz, no Oeste Gaúcho – registrou 43,8 graus até as 15 horas.

Conforme a MetSul Meteorologia, trata-se de um recorde nos 115 anos, desde que as medições oficiais começaram no Estado, em 1910. Ainda de acordo com a empresa, tal marca é extraordinária, já que não havia se observado uma temperatura tão alta, no patamar de 43 graus, na climatologia do Rio Grande do Sul. O registro ainda deverá ser confirmado pelo controle de qualidade de dados do Inmet.

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Ainda na manhã de terça, os termômetros em Quaraí atingiram os 40,3 graus. Segundo a MetSul, é “muito raro” alcançar tal número antes do meio-dia no Estado. Já na segunda-feira, havia chegado a 42,5 graus, que até então havia sido a temperatura mais alta registrada no Brasil em 2025 na rede de estações do Inmet.

Em meio à onda de calor que atinge o território gaúcho, a temperatura em Santa Cruz do Sul chegou a 39,2 graus na tarde de ontem, de acordo com os dados da estação meteorológica da Gazeta Grupo de Comunicações. Trata-se da maior marca nos últimos dias. Nas ruas, os termômetros registraram 43 graus. Contudo, tal medição é impactada diretamente pelo sol e asfalto, não sendo considerada oficial.

Apesar do recorde alcançado ontem, a MetSul afirmou que a onda de calor atual está longe de estar entre as mais intensas da história gaúcha. Segundo os meteorologistas, as mais acentuadas foram nos meses de janeiro de 1943 e de 2022.

Marcas extremas devem retornar na próxima semana

Conforme a meteorologista Estael Sias, da MetSul, as ondas de calor são esperadas nesta época. Entretanto, a que atinge o Rio Grande no Sul difere-se pelas temperaturas extremas, tais como a registrada em Quaraí. 

Por vários dias consecutivos, as máximas estiveram próximas dos 40 graus. Segundo Estael, em janeiro de 2022, foram 15 dias consecutivos de altas temperaturas em função da La Ninã. E tal fenômeno climático também começou a atuar, favorecendo a escassez de chuva. 

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Além do Oeste gaúcho, a região dos Vales também foi impactada com marcas muito altas de temperatura. “A estiagem, o ar mais seco, a escassez de chuva no centro e norte da Argentina ajudam a trazer esses extremos. Porque o ar quente resseca o solo, muito seco por falta de chuva, esquenta mais a atmosfera. Um fenômeno acaba intensificando o outro, criando essa bolha de calor e trazendo esses extremos para o Oeste do Rio Grande do Sul”, explicou a meteorologista.


A partir desta quinta-feira, 6, a temperatura deve diminuir no Estado, com a possibilidade de mais nuvens e umidade. No entanto, essa trégua no calor será temporária. Isso porque a partir de domingo, dia 9, as máximas deverão retornar ao patamar dos 40 graus. De acordo com Estael, esse cenário deverá se estender até metade da semana que vem.

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