Câmara de Vereadores testará mudança de horário das sessões para 18 horas

Uma das questões que mais tem pautado os debates na Câmara de Vereadores de Santa Cruz do Sul no início de 2025 é a possibilidade de mudança de horário das sessões ordinárias. Hoje, elas ocorrem nas segundas-feiras, às 16 horas. A demanda é para que as reuniões passem a começar às 18 horas, com a justificativa de que mais pessoas poderiam acompanhar as atividades legislativas. Um requerimento pedindo a alteração foi apresentado pelo líder do governo, Edson Azeredo (PL), na última sessão.

Em entrevista à Rádio Gazeta FM 107,9 na manhã desta quinta-feira, 6, a presidente do Legislativo, Nicole Weber (Podemos), confirmou que pretende testar o novo horário. Ainda não foi definida a data para a avaliação, mas há possibilidade de ser ainda em fevereiro. O objetivo é identificar a adesão da comunidade, o horário de término da votação e a readequação das sessões solenes.

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Nicole reforça que é “a vereadora que mais queria às 18 horas”, mas conta que estudos mostram uma adesão menor da comunidade no horário sugerido. Segundo ela, na sessão da última segunda-feira, 3, a Câmara tinha 81 pessoas às 16 horas, no início da reunião. Às 18 horas, o número já tinha caído para 45. Às 19 horas, apenas 21 espectadores permaneciam.

“Claro que às 18 horas é melhor, porque as pessoas saem às 18 do trabalho. Mas o que eu estou pedindo para as pessoas é o seguinte: saiam do trabalho e vão às 18. Me deem esse número, porque eu quero fazer”, frisou a vereadora. Ela recorda que, muitas vezes, o horário mais avançado tem uma adesão maior da população devido às sessões solenes, com a chegada de homenageados e convidados, que ocorrem após as ordinárias. “Se deixar, não tem gente. A pandemia quebrou o costume das pessoas de irem à Câmara”.

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A presidente da Câmara comenta que a votação entre os vereadores que querem e os que não desejam mudar o horário das sessões para as 18 horas é apertada, com nove votos favoráveis e sete contrários. Inclusive, cita que há parlamentares que pediram uma mudança para as 15 horas.

Outra preocupação apresentada por Nicole Weber é relativa ao horário de término das sessões caso comecem às 18 horas. A presidente da Câmara calcula que as reuniões levam de quatro a seis horas. Nesse caso, a votação do expediente ocorreria apenas às 19 horas. Já a votação dos projetos começaria apenas por volta das 21 horas, seguida ainda por encaminhamentos e comunicações de liderança. “A gente tem votações que vão acabar à meia-noite. E aí, o povo que pediu 18 horas vai assistir a gente votando às 23 horas ou à meia-noite?”, questionou a parlamentar.

*Colaboraram Carina Weber e Marcio Souza

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