Idosos do Setor O ganham qualidade vida com a prática do caratê

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Quem vê os mais de 50 idosos que chegam antes das oito horas da manhã, toda quarta e sexta-feiras, à Unidade Básica de Saúde (UBS) 11 de Ceilândia não imagina as cenas que acontecem ao longo dos 60 minutos seguintes. Chutes, socos e até os típicos gritos de artes marciais tomam conta do pátio da unidade, com momentos de ação que unem integração comunitária e cuidados com a saúde física e mental. O grupo de caratê para idosos é uma das iniciativas da UBS para promover uma vida mais saudável para a população do Setor O, em Ceilândia.

“Até para dormir era ruim. Eu melhorei minhas pernas. Depois que você se exercita, caminha tranquilo, conversa direito, fica alegre. É uma beleza, né?”, elogia o aposentado Ursulino Vieira, de 78 anos. Com um histórico de problemas cardíacos, ele agora comparece duas vezes por semana na UBS, onde antes ia apenas quando não se sentia bem.

De acordo com a gerente da UBS 11 de Ceilândia, Karla Cristina Gomes, o objetivo era precisamente este: promoção da saúde. “Entendemos que é melhor fazer promoção e prevenção do que tratar a doença. Nossa divulgação foi boca a boca. Oferecemos a participação para todos os pacientes que vêm em busca de atendimento”, explica. Ela também ressalta a importância de manter o vínculo entre a comunidade e a unidade de saúde, permitindo acompanhar de perto o bem-estar de cada um.

A prática é possível por meio da parceria da gestão da UBS com o voluntário Paulo Sérgio Coelho, professor profissional de caratê. Ele explica que cada movimento é adaptado para as características dos participantes. “O objetivo é proporcionar fortalecimento, tirar eles da ociosidade, do pensamento de que não conseguem. Trabalhamos movimentação e articulação. Quando fazemos chutes e socos, requisitamos a parte muscular. Estou também incentivando no aspecto psicológico”, detalha.

A aposentada Ivanilde da Silva, 72, diz que a prática do caratê a livrou de uma dor na perna. Porém, outra vantagem está na convivência. “Fazemos boas amizades aqui. Eu me senti muito melhor depois que passei a vir para cá”, revela.

Com informações da SES-DF

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