Florianópolis supera SP e fica entre as 10 capitais com pior qualidade do ar; veja ranking

Nesta quinta-feira (12), Florianópolis amanheceu entre as dez capitais com a pior qualidade do ar no Brasil. A capital catarinense ocupa a 6ª posição, acima de São Paulo, segundo o monitoramento da empresa suíça IQAir.

Fumaça das queimadas causa pior qualidade do ar em Florianópolis

A qualidade do ar em Florianópolis nesta quinta-feira está pior que a de São Paulo, segundo IQAir – Foto: Deny Campos/ND

O indicador da qualidade do ar em Florianópolis nesta manhã atingiu o valor de 139, que coloca a cidade no alerta laranja da IQAir. O nível significa que o ar está insalubre para grupos vulneráveis.

A concentração de partículas inaláveis (MP2.5) na cidade é de 51 µg/m³, um índice de poluição 10,2 vezes maior do que o recomendado pela OMS (Organização Mundial da Saúde).

Imagens de satélite mostram fumaça das queimadas sobre o estado de São Paulo

São Paulo amanheceu com a pior qualidade do ar entre as metrópoles mundiais pelo quarto dia consecutivo – Foto: Reprodução/Climatempo

Florianópolis ultrapassa São Paulo

A fumaça das queimadas em São Paulo e na Amazônia tem favorecido a poluição atmosférica. A capital paulista amanheceu nesta quinta-feira, pelo quarto dia consecutivo, com a pior qualidade do ar entre as metrópoles do mundo inteiro.

Mais tarde, porém, o ranking internacional da IQAir foi atualizado e São Paulo ficou em segundo lugar, atrás apenas da cidade de Carachi no Paquistão.

Contudo, entre cidades de menor porte, outras capitais superam São Paulo. No Brasil, a capital paulista ocupa apenas a 7ª colocação. Florianópolis vem logo antes, como 6ª colocada.

A capital do Acre, Rio Branco, lidera o ranking da pior qualidade do ar entre as capitais brasileiras nesta manhã. O indicador chega a 312, considerado o nível máximo de perigo para todas as pessoas.

Confira o ranking das capitais brasileiras com a pior qualidade do ar

Rio Branco tem a pior qualidade do ar entre capitais brasileiras

Os focos de incêndio na Amazônia elevaram a capital do Acre para a pior qualidade do ar no ranking nacional – Foto: Agência de Notícias do Acre

Os dados são da IQAir e revelam a lista da pior qualidade do ar à melhor. A capital do Mato Grosso, Cuiabá, no entanto, não tem informações disponíveis e foi substituída pela cidade de Rondonópolis no ranking a seguir:

  1. Acre — Rio Branco: 312
  2. Rondônia — Porto Velho: 172
  3. Paraná — Curitiba: 124
  4. Mato Grosso do Sul — Campo Grande: 153
  5. Mato Grosso — Rondonópolis (sem dados em Cuiabá): 153
  6. Santa Catarina — Florianópolis: 139
  7. São Paulo — São Paulo: 134
  8. Rio Grande do Sul — Porto Alegre: 131
  9. Alagoas — Maceió: 71
  10. Amazonas — Manaus: 65
  11. Rio de Janeiro — Rio de Janeiro: 65
  12. Tocantins — Palmas: 64
  13. Goiás — Goiânia: 61
  14. Minas Gerais — Belo Horizonte: 59
  15. Rio Grande do Norte — Natal: 55
  16. Piauí — Teresina: 55
  17. Amapá — Macapá: 54
  18. Pará — Belém: 53
  19. Paraíba — João Pessoa: 52
  20. Roraima — Boa Vista: 50
  21. Espírito Santo — Vitória: 46
  22. Maranhão — São Luís: 46
  23. Bahia — Salvador: 24
  24. Distrito Federal — Brasília: 17
  25. Pernambuco — Recife: 17
  26. Ceará — Fortaleza: 17
  27. Sergipe — Aracaju: 17

Governo de SC emite alerta para riscos à saúde diante da poluição atmosférica

Pessoas usando máscara em Florianópolis

Uso de máscaras cirúrgicas ou PFF2 são indicadas para se proteger da poluição atmosférica – Foto: Leo Munhoz/ND

Nesta quinta-feira, a Secretaria de Estado da Proteção e Defesa Civil (SDC), o Instituto do Meio Ambiente (IMA) e a Secretaria de Estado da Saúde (SES) emitiram uma nota conjunta alertando para os riscos à saúde pública devido à baixa umidade relativa do ar e à poluição atmosférica.

A combinação entre uma intensa massa de ar seco e quente e a fumaça das queimadas tem piorado significativamente a qualidade do ar, em especial nas regiões Oeste e Extremo Oeste catarinense.

Hidratação é importante para proteger a saúde diante da poluição atmosférica e baixa umidade do ar

É importante beber água com frequência em dias quentes e secos – Foto: Freepik/Divulgação/ND

“Estamos monitorando constantemente as condições e o avanço da fumaça pelo estado. A situação requer atenção redobrada, principalmente nas regiões mais afetadas pela baixa umidade e pela poluição. A orientação é que a população siga as recomendações de proteção, especialmente as pessoas que fazem parte de grupos de risco”, afirmou o gerente do monitoramento e alerta da Defesa Civil, Frederico Rudorff.

Segundo a SES, uma pior qualidade do ar pode causar irritação nos olhos, nariz e garganta, além de cansaço e tosse seca. Grupos vulneráveis estão mais suscetíveis a problemas mais graves.

Orientações das autoridades para proteger a saúde:

  • Hidratação constante: Beba água regularmente, mesmo sem sentir sede.
  • Ambientes internos: Utilize umidificadores de ar ou recipientes com água para melhorar a umidade dentro de casa.
  • Evitar atividades ao ar livre: Especialmente em horários de maior concentração de poluentes.
  • Uso de máscaras: Máscaras tipo cirúrgica ou PFF2 são indicadas para reduzir a exposição às partículas nocivas.
  • Buscar atendimento médico: Se os sintomas respiratórios ou irritações persistirem, é aconselhável procurar assistência médica.
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