Rodolpho Riskalla, medalhista em Tóquio, participa de ações de conscientização da meningite no Brasil

O cavaleiro e medalhista paraolímpico, Rodolpho Riskalla, aproveitou sua passagem pelo Brasil no final de 2024 para participar de uma série de ações de conscientização sobre a meningite meningocócica a convite da biofarmacêutica GSK. Praticante de hipismo desde a infância, ele viu sua vida mudar em 2015 ao contrair a doença aos 30 anos, e, como sequela, precisou amputar ambas as pernas, a mão direita e alguns dedos da mão esquerda. Desde então, apesar das adversidades, o cavaleiro vem tendo uma trajetória de sucesso no esporte, participando das Paralimpíadas Rio 2016, Tóquio 2020, na qual ganhou a medalha de prata, e Paris 2024.


Durante sua estadia em terras brasileiras, Rodolpho gravou entrevistas para veículos de comunicação para contar sua história de vida e participou da ação que foi fruto de uma parceria estratégica entre a GSK e a UNICEF com o objetivo de fortalecer políticas públicas de saúde. Em entrevista ao BandSport na última quarta-feira (5), ele comentou sobre a doença que poderia ter colocado fim a sua carreira de atleta. “Mudou minha vida, eu não posso falar que não. Mudou em vários sentidos. Umas coisas para melhor e algumas para pior. Mas eu acho que faz parte, a gente tem que saber lidar com isso e se adaptar”, relata.


Após essa mudança drástica, Riskalla se reinventou, se adaptou a próteses, voltou a montar meses depois e fez sua estreia paralímpica nos Jogos do Rio 2016 se posicionando em 10º no individual e 7º por equipe. “A apreensão que eu tinha era saber obviamente se eu ia conseguir ter uma vida perto da que eu tinha antes, e principalmente por causa do cavalo. A gente que performa nesse nível e passa por uma mudança no corpo, que é a nossa ferramenta de trabalho, influencia muito. Era a grande apreensão que eu tinha, mas eu tive muita sorte que foi um processo rápido. Eu estava querendo ir aos jogos olímpicos e decidi continuar nesse projeto. Logo subi no cavalo de novo. Na hora que eu subi, deu aquele clique, eu sabia que ia conseguir”, revelou.


No mesmo ano, o cavaleiro venceu o FEI Awards, na categoria Against All Odds (Contra Todas as Adversidades, em tradução livre) promovido pela Federação Equestre Internacional. No Mundial de 2018 nos EUA, Rodolpho conquistou duas pratas. Nos Jogos de Tóquio, em 2021, conquistou a medalha de prata na prova técnica, feito inédito para o país. Em 2022, no Mundial na Dinamarca, levou dois bronzes para casa.


Rodolpho Riskalla também venceu as quatro últimas edições (2018, 2019, 2021 e 2022) do Prêmio Paralímpicos promovido pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB). Atualmente o atleta mora e treina na França.

Meningite Meningocócica: o que você precisa saber
A meningite meningocócica é uma infecção muito grave causada pela bactéria Neisseria meningitidis, que afeta as membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal. Se não for tratada rapidamente, ela pode causar complicações graves, como sepse, danos neurológicos e até morte. Só em 2018, o Brasil registrou 1.072 casos da doença e 218 mortes.
Transmitida de pessoa para pessoa, por meio de liberação de partículas de saliva ao falar, tossir ou espirrar, as chances de infecção aumento consideravelmente em ambientes fechados ou em aglomerações.

A pessoa infectada apresenta os seguintes sintomas e sinais:
• febre;
• rigidez na nuca;
• dor de cabeça;
• mal-estar;
• náusea e vômito;
• confusão mental;
• sensibilidade à luz;
• dores intensas ou dores nos músculos, articulações, peito ou barriga;
• manchas vermelhas na pele, parecidas com picadas;
• respiração rápida;
• calafrios.

A doença atinge o estágio grave, muitas vezes letal, em um período de 24 a 48 horas. Ao menor sinal de suspeita, é essencial procurar atendimento médico imediato.
O tratamento é realizado com antibióticos administrados por via intravenosa, mas a prevenção ainda é a melhor estratégia. A vacina contra meningite meningocócica está disponível no SUS para crianças e adolescentes, mas também é recomendada para grupos de risco.
É fundamental manter boas práticas de higiene, evitar o contato com indivíduos infectados e manter a vacinação em dia para se proteger dessa doença silenciosa, mas devastadora.

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