88% dos alemães temem interferência estrangeira nas eleições, diz pesquisa

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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS)

Uma pesquisa divulgada nesta quinta-feira (6) indicou que 88% dos alemães afirmam acreditar que atores estrangeiros, principalmente da Rússia e dos Estados Unidos, estão tentando influenciar as próximas eleições nacionais por meio das mídias sociais.

A associação industrial Bitkom conduziu uma pesquisa representativa com mais de mil eleitores qualificados a votar no mês passado. Concluiu que 45% dos entrevistados dizem ver a Rússia na vanguarda das tentativas de manipulação, seguida pelos Estados Unidos, com 42%, e à frente da China, com 26%, e da Europa Oriental, com 8%.

Para cerca de dois terços (69%) dos eleitores, a internet é uma fonte importante de informações sobre as eleições marcadas para 23 de fevereiro, mas conversas com amigos e familiares continuam sendo mais importantes, com 82%. A televisão, com 76%, ainda desempenha um papel importante também, especialmente para pessoas com mais de 75 anos.

Cerca de 80% dos entrevistados pediram que o próximo governo tornasse a política digital uma de suas prioridades e 71% se disseram a favor da criação de um novo ministério digital independente.

“O novo ministério digital deve ser equipado com todos os direitos e recursos necessários, precisa de seu próprio orçamento e uma cláusula digital para novas leis e projetos”, disse o presidente da Bitkom, Ralf Wintergerst, em uma entrevista coletiva.

A pesquisa é divulgada em meio a um contexto em que o bilionário Elon Musk, parceiro direto do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declara apoio e pede votos publicamente ao partido de extrema direita Alternativa para a Alemanha (AfD).

No fim de janeiro, Musk, que desde o ano anterior empreende uma ofensiva populista na Europa, participou virtualmente de um evento da legenda em que defendeu uma posição nacionalista no país. “É muito importante que as pessoas na Alemanha tenham orgulho de serem alemãs”, afirmou na ocasião.

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