EUA, México e Canadá: a união se faz à força

copa 26

Mal começou o governo Donald Trump nos Estados Unidos e já se instalou um clima de guerra com Canadá e México, impulsionado por políticas tarifárias e disputas sobre migração e tráfico de drogas. E isso têm gerado preocupações sobre possíveis impactos na organização da Copa do Mundo de 2026, que será sediada conjuntamente por esses três países.

O presidente dos EUA anunciou a imposição de tarifas de 25% sobre produtos importados do Canadá e do México, justificando a medida como uma forma de pressionar esses países a adotarem políticas mais rígidas contra a migração ilegal e o tráfico de fentanil. Em resposta, tanto o Canadá quanto o México implementaram tarifas retaliatórias sobre produtos norte-americanos, intensificando as tensões comerciais na região. 

Embora um acordo temporário tenha sido alcançado, adiando a aplicação das tarifas por 30 dias para que Canadá e México implementem medidas mais rigorosas na fronteira, a situação permanece instável.

O Canadá comprometeu-se a nomear um “czar do fentanil” e a formar uma força-tarefa conjunta com os EUA para combater o crime organizado; enquanto o México concordou em enviar 10.000 oficiais da Guarda Nacional para reforçar a fronteira.

“Com as mãos na cabeça”

Em meio a esse “tiroteio”, a FIFA, responsável pela organização da Copa do Mundo, está atenta aos desdobramentos. A escalada das tensões comerciais e políticas entre os países coanfitriões pode afetar a logística do torneio, incluindo questões de segurança, transporte e cooperação entre as nações envolvidas. Além disso, políticas de imigração mais restritivas podem dificultar a entrada de torcedores, jogadores e profissionais relacionados ao evento, comprometendo o sucesso do mundial. 

Diante desse cenário, é crucial que os países coanfitriões busquem resolver suas divergências de maneira diplomática e cooperativa, garantindo que as disputas comerciais e políticas não prejudiquem a realização de um evento esportivo de grande magnitude e importância global.

Se tudo der certo, a Copa do Mundo de 2026 marcará a primeira edição do torneio com 48 seleções, um aumento significativo em relação às 32 equipes tradicionais. O novo formato adotado pela FIFA dividirá os times em 12 grupos de quatro seleções, com os dois melhores de cada grupo e os oito melhores terceiros colocados avançando para a fase de mata-mata, que começará nos 16 avos de final. Com essa mudança, o torneio terá um total de 104 partidas, um aumento expressivo em relação às edições anteriores. A competição será realizada em 16 cidades-sede espalhadas pelos três países anfitriões, incluindo locais icônicos como Nova York, Los Angeles, Cidade do México e Toronto.

A poderosa FIFA gostaria de ter forças suficientes para selar um acordo de paz entre EUA, México e Canadá, para não colocar em risco a Copa de 2026. Mas não tem. Só Deus sabe o que vai acontecer nesses próximos meses.

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A coluna Futebol Etc na edição impressa do Jornal de Brasília, nesta segunda-feira (10/2)

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