O olhar do produtor: secura nas lavouras gaúchas

Iniciamos a nossa expedição Os Caminhos do Tabaco. Saímos de Santa Cruz do Sul às 8 horas. A partir da sede da Gazeta, que fica no Centro, fizemos um percurso de 700 quilômetros, exatamente 689, até o município de Imbituva, onde chegamos às 19h10 de ontem. Nesse caminho, com o Marcio Souza, jornalista multimídia da Gazeta, e o Alan Toigo, meu parceiro da página Fumicultores do Brasil e Por Dentro da Safra, notamos as diferenças que o clima está mostrando.

Saímos do Rio Grande com temperaturas altas já, seco, e na região de Soledade fizemos uma parada. Ali registramos as imensas lavouras de soja da região secando pela falta de chuva. O prejuízo será incalculável na agricultura, mais uma vez. Nessa região agora não tem tabaco, então fizemos registros da soja e de outras culturas, como milho e pastagem, que vimos cruzando a BR-153.

Chuva boa

Ainda teremos mais dois, três dias de intenso calor aí na região e depois haverá as mudanças do clima, segundo a previsão. A situação é diferente na divisa com Santa Catarina, onde as chuvas estão mais frequentes. Nós almoçamos no município de Erechim, onde choveu, mas aquela chuva de verão, que pega algumas localidades e outras não. Na sequência, seguimos a viagem e as lavouras começaram a ficar mais verdes. Cruzando Santa Catarina, entrando no Paraná, as lavouras de soja muito bem desenvolvidas. É um reflexo das chuvas que acontecem aqui.

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As temperaturas também estão beirando os 30, mas nada muito fora do comum. E com a umidade que, se para nós falta, aqui é um problema em algumas áreas, pela dificuldade de fazer os trabalhos na lavoura como se deveria. Isso porque as chuvas estão muito frequentes, quase diárias em muitas regiões. Enfim, foi o nosso primeiro trajeto, onde vimos como o clima realmente interfere no dia a dia do agricultor.

Propriedade familiar

Vamos à primeira propriedade, do Rafael Reis. Juntamente com o irmão e o pai, e suas respectivas famílias, ele lida na cultura do tabaco. Rafael, que aparece na matéria ao lado, finalizou a colheita no último sábado. Teremos muitas matérias e conteúdos durante a semana, na valorização dessa cultura que é muito importante para milhares de famílias no Sul do Brasil.

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Na tarde de hoje, estaremos em Rio Azul, onde vamos falar sobre a dificuldade que o agricultor de lá passou nesse ano. O granizo debulhou toda a lavoura do produtor, e ele teve que recomeçar. Todas as propriedades são diferentes entre si, cada uma tem uma região diferente, um relevo e um jeito de trabalhar que são diferentes, mas algo em comum: vão ter o tabaco como referência, como base no dia a dia das famílias.

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