Crea faz força-tarefa de fiscalização em hangares após queda de avião em SP

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DEMÉTRIO VECCHIOLI
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS)

O Crea-SP (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de São Paulo) iniciou uma força-tarefa para realizar 577 diligências em empresas responsáveis pela manutenção de aeronaves e fabricação de peças e componentes aeronáuticos.

O objetivo é fiscalizar se essas empresas têm engenheiros assumindo a responsabilidade técnica sobre um serviço que incorre em risco à vida. Iniciada nesta segunda-feira (10), a força-tarefa acontece após a queda de um avião na sexta-feira (7) em uma avenida na zona oeste da capital. O acidente deixou dois mortos.

“Essas atividades demandam um engenheiro responsável, além é claro de todos os demais colaboradores envolvidos. Precisa de alguém que assuma a responsabilidade sobre cada atividade exercida”, diz Vinicius Marchese, presidente do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea).

De acordo com ele, o sistema Confea/Crea tem identificado uma falta crescente de mão de obra especializada, que inclui a engenharia mecânica, mas vai além.

“É um problema de país. Existe uma falta de profissional em diversas áreas da engenharia. A gente vem perdendo profissionais. Tem uma falta de mão de obra em momento de crescimento da aviação comercial e civil, que é um segmento sensível, que demanda verificação, fiscalização, e que está ligado a profissionais da engenharia”, afirma Marchese.

O Crea-SP diz que a ação deve contribuir com o fortalecimento da segurança do setor, uma vez que visa verificar a regularidade das companhias que prestam serviços de manutenção de aviões, com análise de quadro técnico, prestadores de serviços e profissionais envolvidos.

“A iniciativa busca certificar que os responsáveis técnicos são habilitados e registrados, observando o cumprimento das legislações vigentes sobre o exercício profissional”, afirmou a entidade, que pretende fazer 175 diligências só na capital até o dia 21, chegando também a outros 80 municípios.

Marchese diz que, além do Crea-SP, o Confea também iniciará uma força-tarefa pelo país, em estados onde a aviação executiva é mais recorrente, como Minas Gerais.

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