Cuidados no Carnaval: médica alerta que não há bronzeamento saudável

O Carnaval se aproxima e, com ele, a vontade de curtir uma praia antes de ir para os circuitos da festa em Salvador, que começa no dia 27 de fevereiro. Contudo, alguns cuidados com a pele são essenciais para evitar danos causados pela exposição solar inadequada.

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O Portal A TARDE conversou com a dermatologista Marilu Tiuba, que esclareceu que não existe bronzeamento saudável e deu dicas de como cuidar da pele durante a festa momesca – período em que os foliões passam muitas horas na rua, expostos à luz solar.Entre as recomendações, estão o uso de filtro solar com fator mínimo de proteção 30, que deve ser reaplicado a cada duas horas, e a moderação no tempo de exposição ao sol. “Aplique o produto 30 minutos antes de se expor ao sol. A quantidade na pele está diretamente associada à sua eficácia, ou seja, para honrar o FPS da embalagem, é necessário aplicar aproximadamente uma colher de chá (5 ml) para o rosto e para cada área do corpo. Na prática, espalhe generosamente o produto em todas as áreas expostas da pele, incluindo rosto, pescoço, orelhas, mãos e qualquer outra parte do corpo que ficará exposta ao sol”, explicou. Ela acrescentou ainda que, durante o Carnaval, é interessante usar protetores solares resistentes ao suor e à água.Ainda de acordo com a dermatologista, a reaplicação do filtro solar deve ser feita em um intervalo médio de duas a três horas. Tiuba salientou que, mesmo em dias nublados, também é importante aplicar o protetor, já que até 80% da radiação UV pode penetrar as nuvens.A médica reforçou que o uso do filtro deve ser diário e não apenas quando a pele estiver exposta ao sol. Segundo a especialista, “estudos apontam que a luz visível, em especial a azul (um tipo de luz visível de alta energia, presente no espectro solar e emitida também por telas de celulares, computadores e lâmpadas LED), pode acarretar estresse oxidativo, fotoenvelhecimento, inflamação celular e hiperpigmentação”, pontuou.

Dra Marilu Tiuba, médica dermatologista e membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia

|  Foto: Arquivo Pessoal

Diante disso, a dermatologista indicou que não há bronzeamento saudável da pele, sendo fundamental evitar a exposição nos horários de pico, entre 10h e 16h. Além disso, manter a pele hidratada é essencial, reforçando a importância de ingerir bastante água. A especialista também recomendou o uso de protetores solares labiais, bonés e chapéus – de preferência com abas para proteger a área das orelhas e do pescoço – e óculos escuros com Fator de Proteção Ultravioleta (FPU). “O bronzeado pode até parecer saudável, mas é sinal de danos irreversíveis à pele”, alertou Tiuba.

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