Quem é o influenciador preso em SP e suspeito de ligação com o PCC

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O empresário e influenciador Filippe Ribeiro, de 29 anos, foi preso nesta quinta-feira, 13, em uma operação da Delegacia de Investigações Gerais Sobre Entorpecentes (Dise) para coibir crimes de tráfico de drogas, estelionato e lavagem de dinheiro. De acordo com a Polícia Civil, Filippe é suspeito de integrar um grupo investigado por aplicar golpes na compra e venda de veículos. Filippe também passou a ser investigado por suposta ligação com a facção Primeiro Comando da Capital (PCC). A reportagem entrou em contato com defensores de Filippe Ribeiro e aguarda retorno.

Conforme a investigação, o influenciador comprava carros com o financiamento atrasado pagando preços baixos, revendia pelo preço normal e não pagava o financiamento. Filippe encontrado pela polícia em uma casa de luxo, em Carapicuíba, na Grande São Paulo.

Filippe Franco Ribeiro é dono da empresa Avanzza Soluções Ltda, que também usa o nome de fantasia de Avanzza Bank, em atividade desde 2021, em Barueri, na Grande São Paulo. Com CNPJ válido e ativo, segundo a Receita Federal, a empresa atua no comércio veículos automotores, cobranças e atividades de consultoria em gestão empresarial.

Nas redes sociais, onde tem cerca de 50 mil seguidores, Filpipe ostenta carros de luxo, se apresenta com “mentor” e dá dicas financeiras. “Você receberá informações confidenciais de ninguém menos do que Filippe Ribeiro, inimigo número 1 dos bancos”, diz em uma postagem. Ele também oferece cursos de supostas transformações financeira e chegou a escrever o livro “De devedor a empresário e investidor”.

O investigado alega ter ajudado 100 mil famílias e empresas a sair do buraco financeiro ensinando “como não fazer mais dívidas”. Em uma das apresentações, ele escreve: “Filippe transformou uma dívida de R$ 300 mil em um império de empresas lucrativas.”

O influenciador já tinha sido preso em setembro do ano passado, depois que a polícia apreendeu, na casa dele, em Santana de Parnaíba, sete carros, três motos e farta documentação. À época, também foi encontrada munição na residência. Ele foi libertado, mas ainda responde à ação penal por “crimes contra o sistema nacional de armas”. O processo corre no Fórum de Campinas, no interior. Uma audiência está marcada para o dia 5 de maio desde ano.

Na mesma operação desta quinta, os agentes da Polícia Civil cumprem 12 mandados de prisão e 39 de busca e apreensão nas cidades de Barueri, Santana de Parnaíba, Itapevi, Cajamar, Carapicuíba, Monte Mor, Rio Claro e na capital.

Estadão Conteúdo

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