“A gente não fez nada fora das questões legais”, diz diretor do Ana Nery sobre contrato com empresa terceirizada

O diretor do Hospital Ana Nery, Gilberto Gobbi, negou a existência de irregularidades relacionadas à captação de recursos por meio de emendas parlamentares. Em coletiva na tarde desta quinta-feira, 13, ele comentou a repercussão da Operação EmendaFest desencadeada pela Polícia Federal (PF) a fim de investigar crimes de desvios de recursos públicos, corrupção ativa e passiva.

Aos jornalistas, Gobbi disse que a entidade atuou com transparência. “O Hospital não paga um centavo sem nota fiscal. Existe um contrato que foi feito conforme a legislação. A gente não fez absolutamente nada, no nosso entendimento, fora das questões legais”, diz.

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Ele também comentou que o contrato alvo da investigação está vigente há cerca de três anos. “Eu conversei com eles naquela oportunidade. A gente não teve nenhum contratempo até o momento”, frisou.

A Polícia Federal cumpriu 11 mandados de busca e apreensão e dois mandados de busca pessoal. As ordens judiciais, expedidas pelo Supremo Tribunal Federal, foram cumpridas em Estrela, Rosário do Sul, Santa Cruz do Sul, Venâncio Aires, Lajeado e Brasília.

Em Santa Cruz, os agentes foram até o Hospital Ana Nery no começo da manhã. A operação apura supostos desvios de emendas parlamentares destinadas ao Hospital Ana Nery, em Santa Cruz do Sul. O esquema supostamente funcionava por meio de um contrato de prestação de serviços firmado entre a instituição de saúde e uma empresa de captação de recursos chamada “CAF Representação e Intermediação de Negócios“.

A CAF foi contratada para buscar verbas e cuidar de questões burocráticas para o hospital. Um destes serviços foi a captação de emendas do deputado Afonso Motta (PDT-RS), que até o momento não é alvo da investigação. Porém, uma das condições, formalizada em cláusula contratual, era a destinação de 6% do valor captado à empresa contratada, uma vantagem indevida, segundo a Procuradoria-Geral da República.

Segundo a PF, existe uma organização criminosa que se apropriava de parte dos recursos públicos. Entre as provas para tal afirmação, estão conversas via WhatsApp entre investigados, que comentavam formas de proceder em relação à uma suposta lavagem de valores.

Entre os suspeitos, estão Cliver Andre Fiegenbaum, dono da “CAF Representação e Intermediação de Negócios”, Lino Furtado, chefe de gabinete do deputado Afonso Motta, Leandro Diedrich; além dos funcionários do Ana Nery, Celcio da Silveira Junior, Gilberto Antônio Gobbi, Agnaldo Machado Ferreira e Carlos Danilo Wagner.

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