“COP30 permitirá o maior investimento da história do Pará”, diz Rui Costa

O Governo Federal fez um balanço, nesta sexta-feira, 14, dos empreendimentos destinados à 30ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP30), a ser realizada em novembro, e que ficarão como benefício à população do Pará de forma permanente. Após visitar as obras do Parque da Cidade, em Belém, onde ocorrerá o evento, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ministros do governo e demais autoridades participaram de evento em que foram anunciados novos recursos para ações nas áreas ambientais e de mudança do clima.

Presidente Lula ressaltou o simbolismo de o evento internacional ser realizado na Amazônia brasileira para que o mundo conheça a floresta tal como ela é

|  Foto: Ailton Fernandes/CC

O ministro da Casa Civil, Rui Costa, destacou os investimentos federais na cidade de Belém e no estado do Pará, e enfatizou que as intervenções têm como objetivo garantir uma nova infraestrutura social e de desenvolvimento para a região. “O que está sendo feito é um conjunto de obras estruturantes que vão redefinir e fortalecer definitivamente a estrutura socioeconômica, empresarial e de turismo do estado do Pará e da cidade de Belém”, afirmou.Entre recursos do Orçamento Geral da União, do BNDES, da Itaipu e de outros parceiros, o Governo Federal irá investir cerca de R$ 4,8 bilhões para o evento e ações de longo prazo no estado. Durante a cerimônia, os ministros citaram as melhorias previstas, com foco nos canais que atravessam parte da cidade – cujas intervenções irão beneficiar aproximadamente 500 mil pessoas. “Essa é uma pequena mostra do maior investimento da história do Pará, que nunca antes recebeu um investimento dessa envergadura”, acrescentou o ministro.O presidente Lula ressaltou o simbolismo de o evento internacional ser realizado na Amazônia brasileira para que o mundo conheça a floresta tal como ela é. “Eu saio daqui com a certeza de que a gente vai fazer a melhor COP da história de todas as COPs. Nós queremos proteger a Amazônia. É preciso saber que embaixo de cada copa de árvore tem um ser humano que mora lá. São 29 milhões de pessoas que moram na Amazônia, e os ricos têm que financiar [o desenvolvimento sustentável]”,A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, disse que esta é uma oportunidade de o Brasil dar uma grande contribuição para o desenvolvimento sustentável. “Trata-se de uma COP na Amazônia, não da Amazônia. Essa diferença é importante porque é uma COP que envolve 196 países. E esses países todos têm responsabilidade de equilibrar o clima, inclusive para que as florestas não sejam destruídas”, disse a ministra.Novos anúnciosDurante o evento, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou recursos para a estruturação de projetos de concessões florestais, com atividades de manejo florestal sustentável. Já o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) assinou autorizações para chamadas públicas, com recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, destinadas a pesquisas e cooperações internacionais na Amazônia Legal.A presidente em exercício do BNDES, Tereza Campello, elencou os inúmeros empreendimentos em projetos de urbanização de favelas, reestruturação de canais e revitalização de terminais hidroviários promovidos pelo banco. “Nós estamos fazendo investimentos que vão ser transformadores. Eles vão ser importantes para a COP30, mas são investimentos fundamentalmente para a cidade de Belém, para o estado do Pará. Vai transformar essa cidade. Nenhum desses investimentos é maquiagem. Estamos fazendo mudanças e reformas estruturais para a cidade”, reforçou.Outra entrega foi a portaria do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) que autoriza o repasse de terrenos federais de quatro bairros em Belém, para fins de regularização fundiária. São cerca de 13 milhões de metros quadrados, que nos próximos meses serão regularizados pela prefeitura de Belém, a partir dessa ação. Ao todo, 300 mil famílias serão beneficiadas na capital paraense.InfraestruturaAo mencionar os investimentos em macrodrenagem, saneamento básico e na infraestrutura viária, de turismo e na rede hoteleira, o ministro Rui Costa agradeceu o apoio de empresários que acreditaram no projeto e decidiram investir em novas unidades de hotel na cidade. Ele lembrou dos investimentos de R$ 200 milhões que serão feitos no Porto de Outeiro, para reforçar o receptivo de transatlânticos que irão atracar no local e irão ampliar a capacidade de hospedagem em mais cinco mil leitos. “Essa nova infraestrutura portuária ficará permanente para o estado, na recepção de novos cruzeiros, para colocar o estado no roteiro de novos cruzeiros”, destacou Rui Costa.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.