Aos 70 anos, Terly Tatsch esbanja saúde nas ruas

Os números mostram que a idade pouco importa quando se quer manter a saúde em dia. Não é preciso tomar remédio e a pressão é sempre normal. Aos 70 anos, completados no dia 8 de janeiro, o marceneiro aposentado Terly Tatsch esbanja vitalidade. São 953 provas, 406 medalhas e 50 troféus. No currículo de 54 anos fazendo o que mais gosta, ele tem participações em corridas pelo Rio Grande do Sul, além da tradicional Volta da Pampulha, em Minas Gerais e em países vizinhos como Argentina e Uruguai. Traduzindo, o equivalente a 120 mil quilômetros ou três voltas na terra.

Tatsch morava em Herveiras, então quinto distrito de Santa Cruz do Sul. Depois da separação dos pais, veio com a mãe e a irmã para o maior município do Vale do Rio Pardo. Estudou no Colégio Marista São Luís. “Gostava muito de Educação Física e tinha as Olimpíadas Champagnat. Estava inscrito para jogar futebol, mas como me destacava no atletismo, faltou o cara que ia fazer a corrida de seis quilômetros. Aí o professor Bruno Seidel perguntou se eu não queria correr a rústica. Corri e cheguei quase dois quilômetros na frente do segundo”, recordou.

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Depois de competir pelo educandário até os 19 anos, Tatsch passou a se dedicar a corrida de rua. Fez uma maratona (42 quilômetros), 27 meias (21 quilômetros) e o restante, rústicas entre 5 e 18 quilômetros. “Tem que ter disciplina e persistência. Eu levantava 5 da manhã pra começar a trabalhar às 7 horas. Nesses treinos, em média, rodava 80 quilômetros por semana. Nunca tive treinador, fazia por conta”, salientou.

Atualmente, integra a equipe da Infit Run, onde corre um total de 30 quilômetros em três vezes por semana (segundas, quartas e sextas). “Só pra me manter. Nunca fiz uma alimentação especial, balanceada. Tem que comer de tudo, frutas, verduras. Na minha época, não tinha suplemento. Era o que tinha em casa. Não tinha comida especial, nem nada”, relembrou.

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Terly exibe as medalhas com orgulho
Foto: Rodrigo Assmann

Embora a meta seja fechar mil corridas, Tatsch diz que pode ir mais longe. “Enquanto conseguir correr, não vou parar, porque a corrida vicia. Depois que tu faz umas dez provas, ganha duas, três medalhas, tu vicia. É bom pra saúde. É o principal esporte para o bem-estar da pessoa”, destacou. Os registros estavam em um caderno, que acabou sendo levado durante um arrombamento. “Levaram tudo, eu tinha as provas anotadas. A partir dali eu só contei. Muitos duvidam, mas tenho a consciência tranquila.”

Segundo o atleta septuagenário, a dica é fazer um exame médico e começar aos poucos. “Não adianta querer fazer mais do que o teu corpo aguenta. Nunca exagerar, sempre respeitar o teu organismo, que é o melhor controle”, apontou Tatsch, que espera ser um exemplo para a juventude. “Pratique um esporte, seja obediente. Estude em primeiro lugar, porque no Brasil ninguém vive de atletismo, tem que ser muito bom para conseguir, nunca tive um patrocíno, sempre fui pelas condições que eu tinha”, comentou.

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