Dia Internacional de Luta contra o Câncer Infantil reforça a importância do diagnóstico precoce

Desde 2011, o Hospital da Criança de Brasília (HCB) já realizou cerca de 8 milhões de atendimentos, incluindo consultas, exames e procedimentos. Por ano, a unidade diagnostica, em média, 220 novos casos de câncer infantil.

Os tipos mais comuns tratados no hospital são leucemias e linfomas, que representam 43% dos casos, seguidos por tumores cerebrais, neuroblastomas, sarcomas de partes moles, tumor de Wilms, tumores ósseos e retinoblastoma.

Com um índice de satisfação de 99,1% entre os familiares, o hospital mantém altas taxas de cura, chegando a 85% nos casos de leucemia linfoide aguda.

O acesso ao HCB ocorre pela Central de Regulação, priorizando casos suspeitos encaminhados pela rede pública. “Nosso compromisso é garantir um diagnóstico rápido e oferecer o melhor suporte às crianças e a suas famílias”, afirma a oncologista pediátrica e diretora técnica do HCB, Ísis Magalhães.

Diagnóstico precoce

No Dia Internacional de Luta contra o Câncer Infantil, celebrado em 15 de fevereiro, especialistas reforçam a importância de reconhecer os sinais da doença e buscar atendimento médico imediato. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), cerca de 80% dos casos podem ser curados se diagnosticados precocemente e tratados corretamente.

Magalhães explica que, diferentemente do câncer no adulto, o infantojuvenil é originário, na maioria dos casos, de células embrionárias. “Quanto mais cedo o diagnóstico, maiores são as chances de cura e menores os riscos de sequelas”, explica.

Sinais de alerta

Os sintomas do câncer infantil podem ser confundidos com doenças comuns da infância, o que exige atenção redobrada. Nos casos de leucemias, os sinais incluem palidez, manchas roxas pelo corpo sem explicação, febres recorrentes, falta de apetite e infecções frequentes. Já em tumores no sistema nervoso central, podem surgir dores de cabeça, vômitos matinais, desequilíbrio ao andar e alterações na visão.

“A criança não inventa doença. Os pais ou responsáveis devem observar mudanças no comportamento e levá-la regularmente ao pediatra”, orienta a médica.

*Com informações da Secretaria de Saúde (SES-DF)

Adicionar aos favoritos o Link permanente.