Gestão Nunes é autorizada a demolir Caveirão, prédio inacabado no centro de SP

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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS)

O prédio inacabado que há décadas chama a atenção na paisagem da região da Sé, no centro histórico de São Paulo, poderá ser demolido pela prefeitura, segundo decisão da juíza Maria Gabriella Pavlópoulos Spaolonzi, do Tribunal de Justiça.

Em junho de 2024, a corte obrigou o proprietário do imóvel a demolir o edifício, mas a ordem não foi executada. Agora, a gestão do prefeito Ricardo Nunes (MDB) obteve permissão legal para colocar abaixo o prédio na rua do Carmo. A administração possui laudos que apontam risco de desmoronamento. Atendendo ao pedido do município, a juíza autorizou que a prefeitura assuma os custos da demolição, que deverão ser reembolsados pelo responsável.

Erguido na década de 1960, o edifício-garagem de 23 pavimentos permaneceu com tijolos e ferragem à vista, ganhando assim o apelido de Caveirão. O local passou a servir de abrigo precário para pessoas em situação de rua.

Em novembro de 2018, a prefeitura ingressou com a ação pedindo a demolição, já na época embasando o requerimento com laudos de engenharia e da Defesa Civil. Em maio daquele ano, um incêndio provocou o desabamento de um prédio de 24 andares no largo do Paissandu, também no centro da capital.

Desde 2010 o município tenta interditar e lacrar o imóvel. Em 2012, um parecer de um engenheiro da Subprefeitura da Sé já apontava que a estrutura poderia ruir.

No mais recente pedido de demolição apresentado à Justiça pela prefeitura, assinado em 30 de janeiro pelo procurador do município Rodrigo da Cunha Neves, a administração reforça o risco proporcionado pela construção.

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