Denúncia contra Bolsonaro segue linhas partidárias

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O distrital Chico Vigilante, do PT, disse que “a denúncia robusta” da Procuradoria Geral contra o capitão e cúmplices escancara o golpe! “Provas claras de que atentaram contra a democracia. Não merecem anistia, merecem prisão! Parabéns ao procurador Geral da República, Paulo Gonet pela coragem e pelo excelente trabalho”.

Já o também distrital Fábio Félix, do PSOL, qualificou Bolsonaro de “líder da organização criminosa que tramou uma tentativa de golpe em 2022. É a Procuradoria que diz na denúncia. Grande dia! Vai ser preso!”

Já a deputada Bia Kicis, do PL, qualificou o relatório de “inacreditável, inaceitável”. Mas, ressalva Bia Kicis, “a verdade continuará sendo verdade”. Para ela, “Jair Bolsonaro continuará a ser o líder mais amado, e que nunca cometeu crimes: “apenas querem tirar do brasileiro o direito de escolher em quem votar”.

A deputada federal Érika Kokay, do PT, diz, porém, que Bolsonaro foi denunciado por tramar contra a democracia e por tentar golpe de Estado. Mas, finalizou ela, ainda estamos aqui, contra o golpismo e junto ao povo brasileiro.

Celebração do fim da ditadura

A Fundação Astrojildo Pereira (FAP) e o partido Cidadania decidiram celebrar no dia 15 de março os 40 anos da redemocratização brasileira, mesma data em que o então vice-presidente José Sarney tomou posse em 1985, encerrando, assim, 20 anos de ditadura no Brasil.

Essa comemoração histórica terá como grande homenageado o principal o grande condutor dessa transição pacífica, do autoritarismo imposto pelo Golpe Militar de 1964 para a nova era da democracia brasileira: José Sarney, que acabou efetivado presidente do Brasil, após a morte de Tancredo Neves.

A reconciliação nacional garantida a partir do governo Sarney, com a convocação da Assembleia Nacional Constituinte, que deu origem à Carta Magna de 1988, que ficou conhecida como a “Constituição Cidadã”, assegurou a retomada das eleições diretas para todos os cargos eletivos no país e pavimentou o caminho para novas conquistas, como a estabilidade econômica.

Não foi possível, no entanto, saldar todas as dívidas com a população brasileira, que precisa ainda se preparar para os desafios que despontam no horizonte da Nação. Por isso mesmo, a FAP e o Cidadania organizaram um seminário dividido em 3 mesas de debates com convidados especiais, para não só ressaltar as conquistas consolidadas, mas também identificar dúvidas e dívidas que ainda turvam o horizonte da sociedade brasileira.

Entre os convidados que confirmaram presença estão o ex-presidente uruguaio Julio Maria Sanguinetti, cujo mandato coincidiu em parte com o de Sarney, encerrando um ciclo de 12 anos de governos autoritários em seu país.

Sanguinetti comporá a primeira mesa ao lado de Sarney, da presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Carmem Lúcia, e dos ex-ministros Rubens Ricupero e Nelson Jobim. Fechando a primeira rodada de debates, um vídeo da ex-presidente chilena Michelle Bachelet, saudando a conquista brasileira.

Outras homenagens foram preparadas para essa data histórica, que precisa ser celebrada, ainda mais depois dos últimos atentados à nossa democracia. Uma série de constituintes já confirmaram presença neste evento, como Miro Teixeira, Moema Santiago e Roberto Freire, entre outros.

Na abertura do seminário será exibido um vídeo com imagens desses 40 anos de vida democrática feitas pelo mestre do fotojornalismo brasileiro, Orlando Brito, que faleceu em 2022.

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