Dívidas de Suzana Ramos favoreceram suspensão do carnaval de Juazeiro

Festividade tradicional em Juazeiro, norte da Bahia, o Carnajuá, festa a qual abre o período carnavalesco no Estado, precisou ser cancelada pelo prefeito, Andrei Gonçalves (MDB), o que deixou o município carente de um dos principais momentos de alegria e diversão, além de enfraquecer o turismo e a geração de emprego e renda durante o período.A decisão foi tomada em janeiro, diante do momento de calamidade financeira, o qual enfrenta o município. O Ministério Público do Estado da Bahia chegou a recomendar a suspensão do evento, uma vez que a realização poderia colocar em risco os direitos básicos da população, como  saúde e segurança pública.O superendividamento do município, ultrapassa os R$ 500 milhões, e as dívidas acumuladas com fornecedores, por exemplo, chega a quase R$ 48 milhões. Já as dívidas com os consignados atingem quase R$22 milhões.Falando ainda das obrigações financeiras previstas em contratos e convênios, o total é de quase R$ 491 milhões. Além disso existe o passivo oscondido pela gestão Suzana Ramos (PSDB), o qual veio à tona durante a transição de governos, que são mais de R$36 milhões.

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Entre as dívidas referentes a serviços essenciais, Juazeiro deve mais de R$123 milhões, no que diz respeito ao saneamento básico, além de R$50 milhões para a Companhia de Eletricidade do Estado da Bahia (Coelba). O rombo previdenciário ultrapassa os demais e atinge os R$259 milhões em débitos ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e ao Instituto de Previdência Municipal.O prefeito Andrei Gonçalves decretou situação de calamidade financeira, no último dia 3 de janeiro, além ainda de decretar situação de emergência na Secretaria de Saúde do Município. Para isso, vai ser necessária a suspensão de jornada extraordinária de trabalho, redução de, no mínimo, 20% no consumo de energia elétrica e de, no mínimo, 30% no consumo de combustível.Houve ainda a redução dos cargos comissionados e a suspensão dos contratos para que sejam feitas as análises necessárias. A Prefeitura elabora um plano de reestruturação financeira, que inclui medidas para a redução dos gastos, renegociação de dívidas e recuperação da capacidade de investimento do município.Foi criado ainda um Gabinete de Crise, formado por uma equipe especializada, com o objetivo de amenizar os impactos causados pelo endividamento e garantir a continuidade dos serviços públicos essenciais.“O objetivo dos decretos foi viabilizar a adoção de medidas urgentes para a prestação dos serviços essenciais de saúde à população, considerando à grave situação da Atenção Básica e da sobrecarga dos serviços de média e alta complexidade com insuficiência de profissionais, carência e mau funcionamento de equipamentos médicos essenciais, falta de insumos e estrutura física precária das Unidades Básicas de Saúde, Maternidade Municipal, UPA 24h e Unidade Pediátrica (UPED)”, afirmou o prefeito Andrei Gonçalves.

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