ONU pede que Colômbia priorize proteção de civis no contexto do conflito

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As Nações Unidas pediram às autoridades colombianas que priorizem a proteção de civis contra assassinatos, recrutamento forçado e outros tipos de violência por parte de guerrilheiros e traficantes de drogas como parte das negociações para acabar com o conflito armado, de acordo com um relatório divulgado nesta segunda-feira (24).

Apesar dos esforços de paz do atual governo de Gustavo Petro, o relatório anual da ONU registrou no ano passado 252 mortos em 72 massacres; 216 crianças recrutadas e 89 defensores dos direitos humanos assassinados.

“A proteção da população deve ser um elemento central nas negociações do governo com atores armados não estatais”, disse o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Volker Türk, citado em um comunicado.

Petro, o primeiro esquerdista no poder na Colômbia, aposta em uma solução negociada para o conflito armado com guerrilhas e organizações do tráfico de drogas.

Um acordo de paz de 2016 com rebeldes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) trouxe alívio de curto prazo para regiões remotas do país, mas o Estado não ocupou os territórios deixados pela guerrilha. Em vez disso, outras organizações lutam com unhas e dentes contra o tráfico de drogas, a mineração ilegal e outros negócios ilícitos, de acordo com especialistas.

A violência crescente “afeta desproporcionalmente povos indígenas, comunidades afrodescendentes e agricultores”, acrescentou o boletim.

© Agence France-Presse

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