Caso Escobar: após finalizado o inquérito e 50 horas de depoimentos em juízo, a apuração se depara com absoluta falta de provas

O assassinato do empresário Fábio Escobar foi o crime mais discutido no fim de 2024, quando houve o depoimento de acusados e testemunhas em juízo, na presença dos advogados de defesa e de sete promotores de justiça integrantes do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público de Goiás. As cerca de 50 horas de gravações e 2 mil páginas de documentos pouco ajudaram na investigação, pois ao fim das degravações se verificava a ausência de provas.

Escobar foi morto em Anápolis, em 23 de junho de 2021. Segundo a Polícia Civil, o autor teria sido o sargento Welton da Silva Vieiga, da Polícia Militar. Em janeiro de 2023, Vieiga daria um tiro na própria cabeça, segundo laudo da Polícia Técnico-Científica. O problema para todas as versões é que acabou o período de apuração e ninguém apresentou evidências para garantir o que disse. Por exemplo, em relação a ao empresário Carlos César Savastano de Toledo, o Cacai, acusado de ser mandante. O único depoimento citado na denúncia referente a Cacai veio do coronel Benito Franco. O oficial disse que o empresário o havia procurado dois anos antes do crime e teria afirmado que a solução para o caso era “só matando”. Franco foi desmentido em Juízo por outras três pessoas que estavam nessa reunião. Ao final, nenhuma outra evidência ou indício surgiu em toda a investigação.

Como foi repetido diversas vezes durante um mês e meio de depoimentos na audiência de instrução, é possível que a PC tenha de designar nova equipe para investigar, sob pena de o Caso Escobar se juntar à longa lista de delitos insolúveis. Apesar de ter indiciado Cacai, a autoridade policial afirmou posteriormente em juízo que não encontrou qualquer vínculo entre ele e os supostos executores.

Os advogados, o juiz, os promotores e um assistente de acusação fizeram a entrevista (oitiva) com o delegado Thiago Torres, que fechou o inquérito. O delegado descartou, injustificadamente, as linhas de busca e investigações de outros possíveis autores e mandantes, que não incluíssem Cacai, cuja defesa estava a cargo do escritório do ex-senador Demóstenes Torres. Entre os dois Torres, que não são parentes, ocorreu o seguinte durante o depoimento em Juízo:

1

O advogado Torres – O senhor afirmou que Fábio Escobar possuía outros desafetos, além de Cacai, e menciona em algum momento que tinha policiais militares trabalhando pra alguns desses desafetos. O senhor pode detalhar quais são esses desafetos [de Fábio Escobar] que tinham policiais militares trabalhando pra eles?

O delegado Torres – Não afirmei isso. Eu falei que ele [Fábio Escobar] tinha outros desafetos.

2

O advogado Torres – Mas em outro momento o senhor disse que tinha policiais, que o senhor inclusive investigou. Então, faço uma pergunta direta: Márcio Cabeção [empresário em Anápolis] afirmou em seu depoimento que alguns militares trabalhavam pra ele?

O delegado Torres – Que já fizeram a escolta dele, sim.

3

O advogado Torres – Cabeção já recebeu algumas homenagens policiais em Anápolis? O senhor fez essa investigação?

O delegado Torres – Não sei dizer.

4

O advogado Torres – José Escobar, pai da vítima, Fábio Escobar, disse em audiência que Cabeção anda com milícias e com jagunços. O senhor investigou isso?

O delegado Torres – Realizamos a quebra de sigilo dele. Inclusive, foi uma quebra grande, bem detalhada. Não posso afirmar para o senhor que ficou constatado que [Cabeção] tenha milícias e jagunços. Ele, na própria declaração dele, disse que alguns policiais já fizeram a escolta dele e trabalharam de motorista, salvo engano, para o filho dele.

Carlos Cesar Savastano de Toledo, o Cacai — de Anápolis | Foto: Divulgação

5

O advogado Torres – Vou repetir a pergunta que o senhor não respondeu: José Escobar, em depoimento, disse que Cabeção anda com milícias e com jagunços. Em algum momento o senhor constatou isso?

O delegado Torres – Não.

6

O advogado Torres – Recorda o nome dos policiais que Cabeção disse em seu depoimento na Draco [Delegacia Estado de Repressão às Ações Criminosas Organizadas], que trabalhavam pra ele?

O delegado Torres – Não me recordo.

7

O advogado Torres – Sabe se os policiais que trabalhavam pra ele conheciam Welton Vieiga?

O delegado Torres – Não me recordo.

8

O advogado Torres – Recorda se, dentre os policiais contratados, Márcio Cabeção mencionou o nome de Flávio Colombo [policial militar]?

O delegado Torres – Não me recordo.

9

O advogado Torres – Porque nesse caso foi vossa senhoria, vou até chamar de excelência porque eu considero delegado excelência. Então, Vossa Excelência que fez esse depoimento, em que é mencionado esse nome.

O delegado Torres – Não me recordo, mas está nos autos… Ele falou que essa pessoa trabalhou para ele, o senhor está afirmando, mas eu não me recordo.

Thiago Torres, delegado em Anápolis | Foto: Thiago Araújo / Jornal Opção

10

O advogado Torres – O senhor ouviu áudio na quebra de sigilo telemático de Márcio Cabeção, em que o remetente do áudio o chamava de covarde, por ter dito que mataria Fábio Escobar e até aquele momento ainda não ter cumprido a promessa?

O delegado Torres – O áudio de indivíduo que estava com a voz pastosa, embriagado? É a esse áudio que o senhor se refere?

11

O advogado Torres – Não, excelência, eu não faço juízo de valor. Eu quero saber se o senhor ouviu ou não ouviu esse áudio.

O delegado Torres – Doutor, vários áudios constavam no telefone dele. O único áudio relacionado a isso é o áudio de indivíduo que aparentava estar bêbado e que falava que, se fosse preciso, mataria A, B ou C, inclusive o Escobar, que ele não gostava de Escobar. É esse áudio?

12

O advogado Torres – Não, não, Excelência. É um áudio, vamos repetir, em que uma pessoa diz para o Márcio Cabeção que o remetente o chamava, né, que essa pessoa chamava o Márcio Cabeção de covarde por ter dito que ele, Cabeção, mataria Fábio Escobar. E até aquele momento ele ainda não tinha cumprido a promessa. O senhor ouviu esse áudio?

13

O delegado Torres – Não, excelência.

O advogado Torres – Foi feita alguma diligência pra identificar o titular da linha telefônica? Se o senhor não ouviu o áudio, eu acho que essa resposta tá prejudicada, né? O senhor já ouviu falar em Márcio Fernandes?

O delegado Torres – Doutor, teve uma ocorrência, não sei se é Marcio Fernandes, teve uma ocorrência de agressão que a pessoa disse que chutou, mas salvo engano isso foi numa relacionada ao senhor José Gomide.

14

O advogado Torres – Luiz Carlos [fazendeiro assassinado em Anápolis] e Fábio Escobar, ambos vítimas de homicídio, e o sr. trabalhou nos dois inquéritos, possuíam algum inimigo em comum?

O delegado Torres – Doutor, o inquérito do Luiz Carlos ainda não finalizou. Não, não, pera aí, eu trabalhei nos dois. O que eu posso afirmar pro senhor é que o executor é o mesmo. O executor, nesse caso, o policial Vieiga, tava trabalhando aí como prestação de serviço. Vou dar exemplo, o senhor aqui tá advogando pro Carlos Savastano, já divulgou pra perita Káthia [Magalhães], já divulgou pra outras pessoas. A perita Kátia é de Anápolis e nem por isso o fato dela tem relação a esse fato. Objetivamente, tem o Vieiga nas duas situações. Agora, o outro inquérito tá em andamento. Eu não posso dizer pro senhor e nem fazer nenhuma previsão aqui do que é apurado, o que vai ser finalizado daquele inquérito.

15

O advogado Torres – O senhor já disse, mas eu só para referendar, de acordo com as investigações, ambos foram mortos pelo mesmo executor. Confere?

O delegado Torres – Confere.

16

O advogado Torres – No inquérito 93/22 que investiga a morte do Luiz Carlos, o senhor ouviu o investigado Janderson, correto?

O delegado Torres – Ouvi.

17

O advogado Torres – Segundo Janderson, Welton Vieiga tinha dinheiro para receber de quem exatamente? Se recorda do nome do policial?

O delegado Torres – Recordo, Colombo.

Demóstenes Torres: advogado de Cacai Toledo | Foto: Reprodução

18

O advogado Torres – Seria esse então o mesmo Flávio Colombo que já trabalhou para o Cabeção?

O delegado Torres – O sr. falou que na oitiva ele falou, Flávio Colombo é o único que tem em Anápolis.

19

O advogado Torres – Em seu depoimento, Cabeção confessa que teve desentendimento com Fábio Escobar, alegando que o motivo seria porque Fábio achava que ele teria tirado seu pai da rádio. Por outro lado, duas testemunhas afirmaram que, segundo o próprio, segundo o Fábio, Cabeção seria o seu pior inimigo. As verdadeiras razões das desavenças entre Fábio e Cabeção foram elucidadas pela investigação?

O delegado Torres – Doutor, não há, no que foi apurado na investigação, elementos de que o Márcio Salun, o senhor está citando que é o Cabeção, tenha atuado para o homicídio de Fábio Escobar.

20

O advogado Torres – De Fábio não foi isso que eu perguntei pra Vossa Excelência, não, porque isso aí Vossa Excelência já concluiu. O que estou perguntando é se em seu depoimento Cabeção confessa que teve um desentendimento com Fábio Escobar. Isso aí tá lá, o senhor apurou alegando que o motivo seria porque Fábio achava que ele teria tirado seu pai da rádio. Por outro lado, duas testemunhas afirmaram que, segundo o próprio Fábio, Cabeção seria o seu pior inimigo. Aí eu pergunto, as verdadeiras razões das desavenças entre Fábio e Cabeção foram elucidadas pela investigação que vossa excelência fez?

O delegado Torres – Bom, o senhor quer dizer as verdadeiras razões da desavença dos dois? O senhor já não disse no início da pergunta que a desavença dos dois é porque o Fábio achava que o Cabeção teria tirado o pai dele da rádio?

21

O advogado Torres – A família considerava, e disse isso várias vezes em dois depoimentos, que o Cabeção era perigoso. O senhor apurou por que isso?

O delegado Torres – Quem era perigoso? Fábio.

22

O advogado Torres – A família dizia que Cabeção seria o principal inimigo de Escobar. E que também seria o mais perigoso. Sabe dizer o motivo pelo qual esses familiares o consideravam tão perigoso?

O delegado Torres – Não, senhor.

23

O advogado Torres – Fábio já agrediu o Marcio Cabeção?

O delegado Torres – Se eles tiveram alguma briga ou vias de fato, não me recordo.

Márcio “Cabeção” Sallum: empresário em Anápolis | Foto: Reprodução

24

O advogado Torres – O senhor também ouviu a testemunha [é citado o nome de uma mulher]. Tanto Fábio quanto Cabeção possuíam relacionamento extraconjugal com ela?

O delegado Torres – Sim.

25

O advogado Torres – A testemunha Tiago Sobral, tanto na delegacia quanto em audiência, informou que Fábio teria dito que estava se relacionando com uma mulher casada e que o marido teria descoberto. Em razão disso, ele disse estar com medo. Foi descoberto quem seria essa mulher e, consequentemente, quem seria esse marido?

O delegado Torres – Não.

26

O advogado Torres – Cabeção já foi preso?

O delegado Torres – Cabeção foi investigado. Não sei se chegou a ser preso, mas eu sei se já foi investigado, salvo engano, pelo Ministério Federal.

27

O advogado Torres – Cabeção financia campanhas políticas em Anápolis?

O delegado Torres – Não posso dizer. Tem que olhar no TRE ou no TSE [Tribunais Regional e Superior Eleitoral].

28

O advogado Torres – Quem passou o telefone de Fábio Escobar ao tal Fernando, que o atraiu para a emboscada? Foi apurado?

O delegado Torres – A alegação do Fernando, que é o policial, ele, quando conversou com o Fábio, falou que tinha pegado esse telefone através de um advogado chamado Fabrício, Fabrício Pelezinho.

29

O advogado Torres – Exatamente. Duas testemunhas afirmaram que teria sido o Fabrício Pelezinho, que repassaram essa informação e o senhor mesmo confirma isso. Depois que ele foi ouvido, foi feita alguma diligência para verificar o possível envolvimento de Pelezinho?

O delegado Torres – Ele foi ouvido, foram feitas algumas análises no telefone, as extrações. A partir do momento que eu peguei o inquérito, eu não aprofundei nesse fato. Já estava relacionado que o Vieiga teria feito isso, então…

30

O advogado Torres – O senhor analisou as conversas extraídas dos celulares de Fábio e da viúva [de Escobar] Jéssica?

O delegado Torres – Sim.

31

O advogado Torres – Em várias delas, elas mostram extrema desconfiança em relação a Fabrício. O próprio policial Wagner Wander concorda que ele deveria ser investigado. Jéssica relata, inclusive, a mudança de comportamento dele após a morte de Fábio. Essas informações constam no relatório final da investigação?

O delegado Torres – No meu relatório, não.

32

O advogado Torres – O senhor investigou o possível envolvimento de um suspeito conhecido como Pateta?

O delegado Torres – Não me recordo

33

O advogado Torres – É possível extrair da investigação, celular da viúva, que pouco tempo antes do crime, Escobar agrediu fisicamente o empresário Guilherme Henrique Araújo Elias, dono do Empório Gourmet? O senhor tomou conhecimento desse fato?

O delegado Torres – Não me recordo.

34

O advogado Torres – Atentou para o fato de que o próprio policial Wagner Wander afirmou que Guilherme costumava andar armado e que havia denúncias de que estaria comercializando armas ilegais?

O delegado Torres – Não me recordo.

35

O advogado Torres – Foram feitas diligências para apurar possível envolvimento de Guilherme?

O delegado Torres – Não me recordo.

36

O advogado Torres – A investigação também aponta que o empresário José Gomide foi agredido por Fábio ao tentar receber repasse da empresa Têxtil Med [lavanderia em que Escobar era sócio]. Isso é correto?

O delegado Torres – Sim. Tem essa ocorrência lá.

37

O advogado Torres – Segundo o próprio José Gomide, nesse dia ele foi receber dinheiro da participação que caberia a Guilherme e que Fábio se recusou a pagar. Sabe se esse é o mesmo Guilherme do empório?

O delegado Torres – Não me recordo, não sei dizer.

38

O advogado Torres – Sabe dizer se Fábio espalhou que estava sendo extorquido por José Gomide e Guilherme?

O delegado Torres – Não me recordo, mas ele tinha inclusive uma fotografia que ele dizia ser de uma quantidade de dinheiro, acho que era desse pagamento.

39

O advogado Torres – Em virtude desse desacordo comercial, o empresário Arnaldo de Pina registrou dois boletins de ocorrência e disse que estava sendo extorquido e ameaçado por Fábio. O senhor chegou a ler alguma dessas ocorrências?

O delegado Torres – Sim.

40

O advogado Torres – Consta nelas que Fábio teria deixado uma garrafa PET de dois litros de gasolina na porta de sua empresa com a seguinte mensagem: “Me paga, seu safado, senão eu irei divulgar seus rolos com o Roberto Naves”. O senhor tem conhecimento disso?

O delegado Torres – É, entendi. Se eu tenho conhecimento desse fato, dessa garrafa e dessa ameaça que ele estava cobrando. [Salvo engano] ele estava cobrando relacionado à venda de um imóvel, que, segundo ele, não teria recebido a comissão. É sobre esse fato?

41

O advogado Torres – É sobre esse fato. Então o senhor leu essa mensagem que ele deixou lá, essa garrafa PET de dois litros, chamou de safado e disse que ia divulgar os rolos dele com o prefeito de Anápolis.
O delegado Torres – Sim.

42

O advogado Torres – Segundo os depoimentos colhidos pelo senhor na sede da Draco, dois meses antes da morte de Fábio, o segurança de Arnaldo teria lhe ameaçado, dizendo sua hora está chegando. Inclusive lhe mostrado uma arma. Recorda-se quem eram os seguranças de Arnaldo?

O delegado Torres – Não me recordo.

43

O advogado Torres – Em 2021, poucos meses antes do homicídio, Fábio afirmou em conversa com Ana Carolina, prima de Jéssica, que havia alguém mais inimigo que Cacai. O senhor identificou quem era essa pessoa?

O delegado Torres – Não.

44

O advogado Torres – O senhor também ouviu outro suspeito, o empresário Adamilson. Por que ele era suspeito?

O delegado Torres – O Fábio entrou e jogou dinheiro em cima da mesa dele, filmando, dizendo que esse dinheiro seria relacionado à tentativa de calá-lo. Logo em seguida, depois desse fato, conforme o próprio Adamilso apresentou, o Fábio pediu o dinheiro de volta. Ele disse que era 150 mil [reais], mas nem o Adamilso conferiu e quando foi entregue o dinheiro, da forma que ele recebeu, ele entregou. Salvo engano, é esse fato.

45

O advogado Torres – E o Adamilson, juntou a conversa de WhatsApp em que o Fábio lhe pede o dinheiro de volta?

O delegado Torres – Ele juntou a documentação… Não lembro se tinha essa parte da conversa, mas ele citou até o motoboy que teria ido lá buscar o dinheiro de volta a pedido do Fábio. Mas eu não me recordo da conversa em si, se está juntada. Ele juntou a documentação, a vasta documentação.

46

O advogado Torres – O senhor sabe dizer se esse fato ocorreu no mesmo dia em que Fábio foi atrás de Cacai e tentou agredi-lo na porta da imobiliária Sólitta [empresa de Carlos César]?

O delegado Torres – Não sei dizer.

47

O advogado Torres – Sobre o celular de Fábio Escobar que foi apreendido no local do crime, pode confirmar se ele foi violado por terceiro não identificado?
O delegado Torres – O que já foi apresentado aqui: não posso informar. O telefone, no momento em que eu peguei, já tinha sido feita a extração e foi aquela análise. Se tem fatos novos, é o que foi mencionado aqui.

48

O advogado Torres – Não é isso que eu pergunto não, Excelência. É o seguinte, sobre o celular da vítima, que foi apreendido no local do crime, pode confirmar se ele foi violado por terceiro não identificado? Não estou perguntando quem, se foi A, B, C. Esse telefone, ele foi violado por alguém?

O advogado Torres – Dona Jéssica [viúva de Fábio Escobar] disse que recebeu uma ligação do próprio telefone do marido. Então alguém teve acesso ao telefone e ligou pra ela. De acordo com depoimentos e conversas extraídos do celular da Jéssica, Fábio tinha dívidas de jogos e drogas. Sabe informar quem era o credor dessas dívidas?

O delegado Torres – Não.

49

O advogado Torres – Na extração dos celulares de Fábio Escobar e Jéssica Coelho, principalmente, há fortes indícios de crimes contra a administração pública, especialmente no tocante a licitações na cidade de Anápolis. Sabe dizer se há alguma investigação em andamento para apurar o caso? Foi tomada alguma providência sobre isso?

O delegado Torres – Não sei informar se existe inquérito em andamento.

50

O advogado Torres – Sabe informar qual era a função de Fábio Escobar nessa lavanderia? Ele seria sócio formal ou informal?
O delegado Torres – Salvo engano, ele era sócio informal. Não lembro ao certo como seria a sociedade dele com o [Thiago] Sobral [dono oficial da lavanderia]. Não lembro ao certo.

51

O advogado Torres – Essa lavanderia tinha contrato com a Prefeitura de Anápolis?

O delegado Torres – Não me recordo.

52

O advogado Torres – Fábio recebia algum valor da lavanderia?

O delegado Torres – Não sei informar ao senhor.

53

O advogado Torres – Sabe se depois da morte o valor pago à viúva diminuiu?

O delegado Torres – Não sei informar.

54

O advogado Torres – Sabe se tentaram tirar Fábio do contrato pelo valor de 100 mil reais?

O delegado Torres – Não sei informar.

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