Review: Monster Hunter Wilds

Showcase de Monster Hunter Wilds

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Há alguns anos, Monster Hunter World acabou chamando a atenção de todos por trazer a experiência clássica do jogo para um novo público, servindo como um ótimo ponto de entrada para a franquia, mas ainda existiam algumas barreiras que dificultavam a experiência, algo que foi apontado pelos próprios desenvolvedores, já que, para começar a caçar de verdade, você tinha que persistir um pouco. Bom, pensando nisso, a Capcom nos trouxe Monster Hunter Wilds, um jogo que segue a ideia original do Worlds, de ser uma boa introdução para novos jogadores, mas que também adianta a principal atividade: caçar monstros. E, aqui, falaremos mais sobre isso.

Graças a um acesso antecipado, concedido pela própria Capcom, pude jogar cerca de 50 horas e este se tornou o meu jogo favorito da franquia. Neste jogo, os obstáculos que separam o jogador novato do real entendimento do que é Monster Hunter foram praticamente todos removidos ou, ao menos, reduzidos. Agora, a frequente caçada de monstros se torna muito mais clara e constante.

Neste jogo, você é um caçador que foi convidado para investigar o caso de um monstro extinto e uma possível civilização humana nas Terras Proibidas, um local evitado pelo povo do oeste, que acreditavam que não existia nada ali. Embora o foco de Monster Hunter nunca tenha sido a história e narrativa, este jogo consegue adicionar muito bem a história para cada capítulo, dando razão para cada missão e sendo sempre acompanhado de ótimas cutscenes.

Beta aberto de Monster Hunter
Reprodução/Capcom

Ao seu lado, há um grupo de personagens bem interessantes, dentre eles, temos Nata, o garoto da civilização perdida, que alega ser parte dos Defensores. É o povo dele que você tem que encontrar, mas ele nem sabe onde eles estão e nem como encontrá-los. Além dele, seu grupo é formado por Gemma, uma ferreira, e Alma, a pesquisadora que te ajuda bastante ao longo do caminho.

Durante a aventura, descobrimos que Os Defensores não são o único povo existente nas Terras Proibidas, mais do que isso: há um povo que vive por ali, cercado de monstros e que nunca criou qualquer tipo de arma. Como isso é possível? O jogo te explicará. Como disse antes, Monster Hunter Wilds faz tudo ficar muito mais interessante e o jogo não economiza em cenários, batalhas e missões.

Mas vamos ao que interessa de verdade: Monster Hunter Wilds traz uma enorme quantidade de monstros para caçar e, até agora, eu posso dizer que algumas batalhas podem ser consideradas as melhores da franquia. Enquanto algumas caçadas são bem mais rápidas, coisa de 5 a 7 minutos, jogando solo, existem batalhas que irão consumir mais tempo. Para isso, existem diferentes equipamentos que te ajudarão na jornada par atacar mais ou sobreviver melhor em campo.

Monster Hunter Wilds
Reprodução/Capcom

O jogo também conta com o retorno dos Monstros Temperados, que possuem mais vida, mais dano e pontos fracos para você se aproveitar. Mas o meu ponto aqui é que o combate evoluiu. Ao testar diferentes armas no jogo, posso dizer que todas estão bem equilibradas, fornecendo não apenas diversão, como também uma ótima curva de aprendizado. Os combos ficam bem claros na tela e qualquer jogador poderá fazer uma boa sequência sem precisar pensar muito.

Boa parte do combate está focada em posicionamento, contra-ataque, desvio e aparo. Você tem que se movimentar durante a batalha e saber o momento certo de se defender, ou será tarde demais. O jogo também conta com habilidades de arma e de armadura, as primeiras voltadas para causar dano, enquanto as de armadura para a sobrevivência. Isso ajuda bastante a testar novas armas, já que você já pode deixar um set de armadura pronto, com seus bônus, sem se preocupar com a arma na equação. Além disso, as armas acabam ganhando mais identidade, já que o sistema acaba sendo baseado em suas habilidades.

O sistema fica ainda mais interessante quando você possui a habilidade de trocar de armas no meio da caçada com seu Seikret, uma ave que serve como montaria e que te acompanha não apenas como meio de transporte pelo mapa, mas dentro da batalha. Honestamente, talvez por falta de costume, eu usei pouco a troca de armas por um bom tempo, me policiando mais tarde para testar isso dentro da batalha pelo próprio review. A partir daí, minha experiência mudou totalmente, pois a batalha ficou ainda mais versátil, me dando chance para enfrentar os monstros com “gameplays” diferentes.

Mapas de Monster Hunter
Reprodução/Capcom

Talvez por ter vindo depois de Dragon’s Dogma 2, possivelmente sendo desenvolvidos ao mesmo tempo em certos momentos, Monster Hunter Wilds também possui o elemento de termos NPCs importantes que estão andando por aí e nem sempre estão disponíveis quando você precisa. Aliás, a inteligência de combate também parece ter sido desenvolvida da mesma forma, algo que é bem positivo. Porém, um ponto negativo é que alguns monstros aparecem no mapa, você recebe a notificação e tenta correr até lá, mas eles desaparecem rapidamente, ou seja, se você não estiver por perto, dificilmente os enfrentará. Talvez isso seja corrigido futuramente, mas não chega a ser um grande problema na experiência, já que eles não são obrigatórios.

No fim, Monster Hunter Wilds é um RPG incrível que afia demais a experiência já apresentada em Monster Hunter Worlds. Possivelmente, é o melhor jogo da série e a melhor experiência para quem nunca jogou nenhum título da franquia até aqui. É um game muito mais acessível para os novatos e cheio de boas ideias que já são assunto da comunidade há muito tempo e que finalmente foram implementadas. Ainda que tenha feito o review, facilmente passarei uns bons tempos jogando este game que pode muito bem ser um dos candidatos a jogo do ano.

O review foi feito com uma chave antecipada fornecida pela Capcom

Monster Hunter Wilds

  • Desenvolvedora: Capcom
  • Publisher: Capcom
  • Plataformas: PS 5, PC Xbox Series X/S
  • Review feito no: PlayStation 5
  • Também testado no: PlayStation Portal
Positivo

  • Melhor combate da franquia
  • Ótimas ideias
  • Melhor introdução para novos jogadores
Nota 10

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