Líder da oposição israelense propõe que Egito administre Gaza após o fim da guerra

O líder da oposição israelense, Yair Lapid, propôs nesta terça-feira (25) que o Egito administre a Faixa de Gaza por pelo menos oito anos após o fim da guerra, em troca de um grande alívio de sua dívida.

“A solução é que o Egito assuma a responsabilidade de administrar a Faixa de Gaza por oito anos, com a opção de estender esse período para 15 anos”, disse Lapid ao think tank Fundação para a Defesa das Democracias (FDD), em Washington.

“Ao mesmo tempo, sua dívida externa será liquidada pela comunidade internacional e aliados regionais”, continuou Lapid, ex-primeiro-ministro israelense.

O Egito lideraria uma “força de paz” dos estados do Golfo e da comunidade internacional “para a gestão e reconstrução de Gaza”, disse ele.

“Durante este período, serão criadas condições para o autogoverno em Gaza e o processo de desmilitarização total de Gaza será concluído”, afirmou sobre o território, atualmente controlado pelo grupo islamista palestino Hamas.

Segundo Lapid, esse plano não “contradiz” o do presidente americano, Donald Trump, que sugeriu tomar o controle de Gaza e transferir seus 2,4 milhões de habitantes para a Jordânia e o Egito, o que gerou críticas em todo o mundo.

Os países do Golfo, Egito e Jordânia realizaram uma cúpula “informal” na Arábia Saudita na sexta-feira para discutir um plano alternativo ao de Trump, mas poucos detalhes foram divulgados. Outra reunião está marcada para 4 de março no Egito.

O custo da reconstrução da Faixa de Gaza é estimado em mais de US$ 53 bilhões (R$ 306 bilhões), segundo a ONU.

Israel lançou sua ofensiva contra Gaza após ser atacado pelo Hamas em seu território em 7 de outubro de 2023. Desde 19 de janeiro, uma trégua frágil está em vigor entre os dois lados.

© Agence France-Presse

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