Petróleo cai enfraquecido por queda da confiança dos consumidores americanos

Os preços do petróleo caíram drasticamente nesta terça-feira (25), diante do colapso da confiança dos consumidores americanos desde o retorno de Donald Trump à Casa Branca e da possibilidade de que Washington suspenda as sanções contra a Rússia.

O preço do barril de Brent do Mar do Norte, para entrega em abril, caiu 2,35%, chegando a 73,02 dólares. Seu equivalente americano, o West Texas Intermediate (WTI), para o mesmo mês, recuou 2,50%, atingindo 68,93 dólares.

Ambas as referências fecharam em seu nível mais baixo desde o final de dezembro.

O índice de confiança da associação profissional americana Conference Board para fevereiro caiu bruscamente nesta terça-feira, recuando sete pontos em um mês, para 98,3, enquanto a expectativa média de um consenso de economistas consultados pela agência Bloomberg era de 102,5 pontos.

Na sexta-feira, outra medição da Universidade de Michigan também apontou um aumento na ansiedade dos consumidores, poucas semanas após a posse de Trump, em 20 de janeiro.

“Neste momento, o mercado está muito volátil”, e cada notícia é vista “como um golpe para os operadores”, resumiu John Kilduff, da Again Capital, à AFP.

Segundo o analista, “a queda do WTI abaixo de 70 dólares por barril chamará a atenção da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados (Opep+)”.

Esse grupo planeja reintroduzir gradualmente no mercado 2,2 milhões de barris diários de petróleo a partir de abril. No entanto, a Opep+ já adiou essa operação três vezes, alegando que os preços do petróleo ainda não são adequados.

Os preços do petróleo também foram impactados pela possibilidade de suspensão das sanções americanas contra Moscou, uma vez que os dois países parecem estar reduzindo as divergências.

Três anos após o início da invasão russa, os Estados Unidos se aliaram surpreendentemente à Rússia na ONU na segunda-feira, apoiando a ideia de uma paz rápida sem condenações a Moscou nem defesa das fronteiras da Ucrânia.

© Agence France-Presse

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