Carnaval de Florianópolis brilha em dois dias de desfiles históricos

O Complexo Nego Quirido viveu duas noites inesquecíveis neste fim de semana no Carnaval de Florianópolis, quando as dez escolas de samba desfilaram em um espetáculo grandioso, embalado por sambas-enredos contagiantes e alegorias imponentes. Com arquibancadas lotadas e público vibrante, a folia de 2025 foi marcada pelo modelo de dois dias de desfile, garantindo que todas as agremiações entrassem na avenida sob o brilho da noite.

Passista da Protegidos da Princesa na Nego Quirido, no carnaval de Florianópolis

Passista da Protegidos da Princesa encantou o público na Nego Quirido, no Carnaval de Florianópolis – Foto: Mafalda Press/ND

O calor intenso foi presença constante nas duas noites de festa. Na sexta-feira (28), uma leve ameaça de chuva trouxe alguns respingos quase imperceptíveis, mas logo o tempo firme predominou.

Com início às 21h e término por volta das 4h da madrugada, em ambos os dias, o novo formato evitou que qualquer escola desfilasse sob o sol forte, proporcionando um espetáculo ainda mais grandioso

Folia dentro e fora da passarela

O público que lotou as arquibancadas e os camarotes saiu com a certeza de ter assistido a um dos melhores carnavais dos últimos anos.

A empolgação não ficou restrita às arquibancadas, já que ao fim dos desfiles, foliões do camarote tomaram a pista, transformando a dispersão em um verdadeiro baile de Carnaval.

O alto nível das apresentações ficou evidente nos sambas-enredos marcantes, coreografias envolventes e fantasias deslumbrantes.

As dez escolas brilharam com baterias potentes, comissões de frente criativas e carros alegóricos de tirar o fôlego.

Anúncio dos campeões do carnaval de Florianópolis

Quem pensa que a festa terminou com o último carro alegórico cruzando a dispersão se engana. Na segunda-feira (3), a partir das 14h, dirigentes e foliões se reúnem novamente na Nego Quirido para avaliações, homenagens e o anúncio dos vencedores do Prêmio Carlos Magno, instituído no ano passado.

A agremiação vitoriosa do Carnaval 2025 será revelada com transmissão ao vivo pelo NDPlay. Após o resultado, as três primeiras colocadas voltam à avenida na terça-feira, às 19h, para o tradicional Desfile das Campeãs.

Carnaval de Florianópolis reafirmado no circuito nacional

ND Play transmite Carnaval de Florianópolis – Foto: Grupo ND

Com apoio da Prefeitura de Florianópolis e do governo do Estado, a folia deste ano reforçou a intenção de devolver à capital catarinense o prestígio entre os maiores carnavais do Brasil.

As dez escolas entregaram um espetáculo de alto nível, e quem não pôde assistir ao vivo pôde acompanhar como foi o desfile pela NDTV, pelo portal ND Mais, no Jornal ND e nas redes sociais.

A NDTV Record transmitiu o evento com exclusividade, sob o comando de Raphael Polito e Amanda Santos, apoiados por uma equipe multiplataforma de TV, impresso e online, com atuação de diversos profissionais das áreas de jornalismo, técnica e redes sociais.

As escolas de samba do Carnaval de Florianópolis

Nação Guarani – “Os Filhos do Tambor – Espíritos Indígenas, Mensageiros dos Orixás”

Comissão de frente trouxe a Pajelança: uma prática religiosa que envolve rituais, crenças e conhecimentos de ervas, uma tradição dos povos indígenas e - Divulgação/Mafalda Press/ND

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Comissão de frente trouxe a Pajelança: uma prática religiosa que envolve rituais, crenças e conhecimentos de ervas, uma tradição dos povos indígenas e – Divulgação/Mafalda Press/ND

Casal de cidadãos samba interpretaram as manifestações artísticas dos ancestrais africanos e indígenas - Divulgação/Mafalda Press/ND

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Casal de cidadãos samba interpretaram as manifestações artísticas dos ancestrais africanos e indígenas – Divulgação/Mafalda Press/ND

Ala das crianças representou a Ibeijada - Geovani Martins/ND

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Ala das crianças representou a Ibeijada – Geovani Martins/ND

A inclusão de pessoas com deficiência foi uma das marcas do desfile da Nação Guarani - Geovani Martins/ND

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A inclusão de pessoas com deficiência foi uma das marcas do desfile da Nação Guarani – Geovani Martins/ND

A ala das passistas representou Iansã, divindade das religiões afro-brasileiras e da mitologia iorubá associada aos ventos e às águas - Geovani Martins/ND

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A ala das passistas representou Iansã, divindade das religiões afro-brasileiras e da mitologia iorubá associada aos ventos e às águas – Geovani Martins/ND

Sempre presente, a ala das baianas homenageou Oxalá, divindade africana divindade da razão e da sabedoria - Geovani Martins/ND

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Sempre presente, a ala das baianas homenageou Oxalá, divindade africana divindade da razão e da sabedoria – Geovani Martins/ND

Estrutura da primeira alegoria balançou bastante enquanto era empurrada, mas isso não tirou o samba do pé dos dançarinos - Geovani Martins/ND

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Estrutura da primeira alegoria balançou bastante enquanto era empurrada, mas isso não tirou o samba do pé dos dançarinos – Geovani Martins/ND

A Nação Guarani celebrou 15 anos com um ritual de fé e cultura na Passarela Nego Quirido. O clima foi de pura festa, a escola abriu os desfiles das escolas de samba da Grande Florianópolis em 2025 com uma grande kizomba (celebração).

Em comemoração aos seus 15 anos, a agremiação de Palhoça levou para a avenida o enredo “Os Filhos do Tambor – Espíritos Indígenas, Mensageiros dos Orixás”, transformando a Passarela Nego Quirido em um verdadeiro ritual de fé e cultura.

Para o presidente da escola, Lui Vandré, apenas estar na avenida já era motivo de vitória. Entre as conquistas, destacou a chance de desfilar à noite, uma mudança significativa em relação ao ano passado, quando a apresentação ocorreu às 17h30, sob um sol escaldante.

“Para nós é bem diferente e muito melhor. Estamos muito felizes. A escola veio grande este ano e a expectativa é de um bom resultado”, afirmou Vandré.

Ritual em três atos

Com 1.350 componentes e 23 alas e dois carros alegóricos, além de um portal e um tripé, o desfile foi dividido em três atos, representando uma grande pagelança, um encontro sagrado entre os pajés da Nação Guarani e os orixás, celebrando a ancestralidade e o aniversário da escola.

O primeiro ato trouxe o despertar da aldeia, simbolizado pela comissão de frente e a invocação dos espíritos protetores. Elementos da natureza ganharam vida na avenida, representando a força da conexão entre os mundos espiritual e material.

No segundo ato, o grande tambor – tocado por um indígena de vários metros na primeira alegoria -, guiou o caminho para a chegada dos orixás, representados em alas cheias de cores e simbologia.

A ala de Oxóssi, orixá da natureza e do conhecimento, foi liderada pela destaque de chão Débora Farias, que antes do desfile resumiu a emoção do momento. “O coração está a mil. É sempre uma emoção muito grande representar a escola.”

As crianças também tiveram espaço na homenagem, com uma ala especial dedicada a Cosme e Damião. Entre os pequenos foliões, Júlia Lucas, de 10 anos, desfilou pela terceira vez e confessou a ansiedade antes de entrar na avenida. “Eu me sinto nervosa, mas acho muito legal”, disse.

No ato final, os espíritos indígenas e os orixás se uniram para celebrar a diversidade e a harmonia. A segunda e última alegoria trouxe uma homenagem à trajetória da escola, destacando seus 11 enredos e lembrando Márcio José Schitz, fundador e ex-presidente da Nação Guarani, falecido em janeiro deste ano.

Festa e superação

A Comissão Permanente de Carnaval acompanhou tudo de perto, garantindo o cumprimento das exigências do regulamento. A bateria encerrou o desfile com 97 ritmistas, abaixo do número mínimo exigido, mas a comunidade seguiu com um sorriso no rosto.

No fim, o portão de dispersão foi fechado nos últimos dois segundos, evitando, por pouco, uma penalização por estouro de tempo. Apesar dos desafios, a Nação Guarani desfilou com garra e orgulho, levando para a avenida uma verdadeira celebração de sua história.

Acadêmicos do Sul da Ilha – “Os Sete Segredos do Mar”

Cordão de pessoas abriu o desfile da Acadêmicos do Sul da Ilha - Geovani Martins/ND

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Cordão de pessoas abriu o desfile da Acadêmicos do Sul da Ilha – Geovani Martins/ND

Primeiro carro calegórico da Acadêmicos do Sul da Ilha - Geovani Martins/ND

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Primeiro carro calegórico da Acadêmicos do Sul da Ilha – Geovani Martins/ND

Primeira alegoria trouxe a figura de Poseidon em destaque - Divulgação/Mafalda Press/ND

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Primeira alegoria trouxe a figura de Poseidon em destaque – Divulgação/Mafalda Press/ND

Primeira porta-bandeira da escola representou as águas do Sul da Ilha - Divulgação/Mafalda Press/ND

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Primeira porta-bandeira da escola representou as águas do Sul da Ilha – Divulgação/Mafalda Press/ND

Bateria da escola foi chefiada pelos mestres Guilherme e Luana Nascimento - Divulgação/Mafalda Press/ND

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Bateria da escola foi chefiada pelos mestres Guilherme e Luana Nascimento – Divulgação/Mafalda Press/ND

Madrinha da escola desfilou à frente do segundo carro alegórico - Divulgação/Mafalda Press/ND

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Madrinha da escola desfilou à frente do segundo carro alegórico – Divulgação/Mafalda Press/ND

A tradicional ala das crianças trouxe os pequenos foliões vestidos de marinheiros - Geovani Martins/ND

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A tradicional ala das crianças trouxe os pequenos foliões vestidos de marinheiros – Geovani Martins/ND

A Acadêmicos do Sul da Ilha levou para a avenida uma verdadeira imersão nos “Sete Segredos do Mar”, celebrando a rica tradição pesqueira do Sul da Ilha, comunidade tão presente e essencial na região.

Com aproximadamente 1.500 componentes, a escola da Tapera conquistou o público com sua animação e sorriso no rosto, do começo ao fim. O desfile contou com 19 alas e duas alegorias que levaram o público a uma viagem às profundezas do oceano.

O carnavalesco José Alfredo Beirão, idealizador do enredo, não conseguiu conter a emoção ao falar sobre a dedicação da escola, que este ano também homenageou o fundador e presidente de honra Marcelo Laurindo, falecido em 26 de janeiro.

“A escola vem com muita garra, por vários motivos, e também em homenagem ao nosso presidente de honra. É um desfile preparado com muito carinho e pesquisa entre as comunidades pesqueiras do Sul da Ilha”, contou Beirão, com um brilho nos olhos.

Os sete segredos revelados

A história dos sete segredos apresentou elementos místicos: peixe mágico, bruxas, noite de lua cheia, palácio de corais, serpentes marinhas, tesouros submersos e o fogo de San Telmo.

A primeira alegoria liderou o desfile, transportando o público para as profundezas do oceano, onde esses mistérios ganhavam vida. Ao fundo do carro, um estandarte com a imagem de Marcelo Laurindo e a frase “Para Sempre Marcelo” trouxe um toque a mais de emoção para os componentes da agremiação.

Emocionada, Júlia Gomes, componente do segundo casal de mestre-sala e porta-bandeira, recordou o tempo ao lado de Marcelo. “Começamos a ensaiar em abril do ano passado com ele, e ele me conduzia desde os meus nove anos. Desfilo aqui há 11 anos e, com certeza, será um desfile inesquecível”, disse, com a voz embargada.

O mesmo sentimento de emoção foi compartilhado pela Andressa Ouriques, rainha de bateria há seis anos, que destacou a intensidade do momento.

“Cada ano é uma emoção diferente, e a ansiedade só aumenta. Estar aqui é muito gratificante, é um sonho que se renova”, contou, com o coração batendo forte.

O encanto das sereias

O segundo e último carro alegórico do Carnaval de Florianópolis trouxe à vida as sereias, seres mitológicos que habitam o imaginário popular e desempenham um papel fundamental nesta história.

Com seus cantos hipnóticos, elas atraem os navegantes que ousaram desbravar os segredos dos mares. Com o desfile finalizado, a Acadêmicos do Sul da Ilha cumpriu os requisitos observados pela CPC (Comissão Permanente de Carnaval) e encerrando a apresentação em pouco mais de 60 minutos.

Copa Lord – “Ontemanhã: Os Tempos nos Traços de Hassis”

Aline Mombelli e Lara Koerich, mãe e filha, desfilaram juntas como o destaque do quarto setor do desfile da Copa Lord - Geovani Martins/ND

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Aline Mombelli e Lara Koerich, mãe e filha, desfilaram juntas como o destaque do quarto setor do desfile da Copa Lord – Geovani Martins/ND

Rainha da Copa Lord, em desfile na Nego Quirido durante o Carnaval 2025, em Florianópolis - Mafalda Press/ND

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Rainha da Copa Lord, em desfile na Nego Quirido durante o Carnaval 2025, em Florianópolis – Mafalda Press/ND

Primeira alegoria da Copa Lord trouxe uma escultura não realista de Hassis, feita em papel kraft e respingada com tintas de várias cores - Geovani Martins/ND

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Primeira alegoria da Copa Lord trouxe uma escultura não realista de Hassis, feita em papel kraft e respingada com tintas de várias cores – Geovani Martins/ND

Primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira da Copa Lord - Divulgação/Mafalda Press/ND

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Primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira da Copa Lord – Divulgação/Mafalda Press/ND

Passista da Copa Lord durante o desfile na Nego Quirido, no Carnaval 2025 - Mafalda Press/ND

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Passista da Copa Lord durante o desfile na Nego Quirido, no Carnaval 2025 – Mafalda Press/ND

Terceiro casal de mestre-sala e porta-bandeira da Copa Lord - Geovani Martins/ND

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Terceiro casal de mestre-sala e porta-bandeira da Copa Lord – Geovani Martins/ND

A bateria foi um dos grandes destaques do desfile da Copa Lord - Geovani Martins/ND

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A bateria foi um dos grandes destaques do desfile da Copa Lord – Geovani Martins/ND

Ala infantil da Embaixada Copa Lord para o carnaval 2025 - Copa Lord/@embaixadacopalord/Instagram

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Ala infantil da Embaixada Copa Lord para o carnaval 2025 – Copa Lord/@embaixadacopalord/Instagram

Copa Lord entra na Nego Quirido - Geovani Martins/ND

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Copa Lord entra na Nego Quirido – Geovani Martins/ND

Abre-alas da Copa Lord - Geovani Martins/ND

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Abre-alas da Copa Lord – Geovani Martins/ND

As baianas da Copa Lord foram caracterizadas com as cores da escola - Geovani Martins/ND

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As baianas da Copa Lord foram caracterizadas com as cores da escola – Geovani Martins/ND

Encerrando a primeira noite de desfiles, a Embaixada Copa Lord transformou a Passarela Nego Quirido em uma imensa tela, homenageando Hassis, o multiartista que eternizou a cultura manezinha em suas obras.

Em seu 70º aniversário, a segunda escola mais antiga da cidade encontrou no enredo uma conexão entre passado e futuro, carregando o espírito “ontemanhã”, onde tradição e vanguarda se entrelaçam.

O carnavalesco William Tadeu explicou que a proposta não era uma biografia, mas sim uma interpretação do olhar de Hassis sobre o mundo.

“O Hassis é arte e identidade de Florianópolis. Buscamos inspiração nas telas dele, entendemos como ele representava a cidade e traduzimos isso para a avenida, mostrando à comunidade sua importância.”

Um desfile de pura arte

Com cerca de 2 mil componentes, 21 alas e dois carros alegóricos, a Copa Lord fez um desfile vibrante, carregado de emoção e identidade cultural. A animação contagiou a avenida, com todos cantando o samba na ponta da língua e batendo na palma da mão.

A rainha de bateria, Caroline Maier, desfilou fazendo sua despedida do posto após dez anos dedicados à escola. “Três anos como rainha e uma década na corte. Agora é hora de espalhar minha energia por novos caminhos. Fico feliz e honrada por ter feito parte dessa história”, declarou.

O primeiro carro alegórico, Relicário das Memórias de Hassis, foi um espetáculo à parte. Com um Hassis esculpido em papel kraft pardo, coberto por respingos coloridos, a alegoria refletia a essência do artista. Portas interativas revelavam reproduções de suas obras, criando um diálogo visual entre memória e criação no Carnaval de Florianópolis.

O brilho de gerações

Uma das cenas mais emocionantes veio no último setor: Aline Mombelli e sua filha, Lara Koerich, desfilaram representando os raios de sol que iluminam novas gerações no Núcleo de Educação Infantil Hassis.

“Desfilamos juntas quando Lara tinha 15 anos, agora, aos 22, estamos aqui juntas novamente. Minha história na Copa Lord começou antes mesmo dela nascer. Fui musa, madrinha, rainha de bateria, e ela sempre esteve comigo. É muita emoção”, contou Aline.

Final colorido e emocionante

O segundo e último carro alegórico trouxe um clima de festa e nostalgia para o Carnaval de Florianópolis. Folhas de bananeira e cabeças carnavalescas decoravam a alegoria, enquanto as netas de Hassis dançavam no alto, celebrando o legado do avô.

À frente, suas filhas, Leilah e Luciana, marcaram presença, emocionadas. O carro ainda surpreendeu ao lançar confetes coloridos, finalizando um desfile que tirou o fôlego do público.

Ao fim, a agremição do Morro da Caixa cruzou a dispersão no tempo exato: 70 minutos, o limite permitido, fechando a noite com uma homenagem inesquecível a um artista que pintou a alma da cidade.

Consulado – “O Jardim Secreto – Nos Delírios de Fritz Müller”

Comissão de frente da Consulado no Carnaval 2025, em Florianópolis - Mafalda Press/ND

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Comissão de frente da Consulado no Carnaval 2025, em Florianópolis – Mafalda Press/ND

Rainha da Consulado no Carnaval 2025, em Florianópolis - Mafalda Press/ND

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Rainha da Consulado no Carnaval 2025, em Florianópolis – Mafalda Press/ND

Bateria da Consulado no Carnaval 2025, em Florianópolis - Mafalda Press/ND

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Bateria da Consulado no Carnaval 2025, em Florianópolis – Mafalda Press/ND

Ala da Consulado no Carnaval 2025, em Florianópolis - Mafalda Press/ND

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Ala da Consulado no Carnaval 2025, em Florianópolis – Mafalda Press/ND

Frase em defesa da ciência encerrou desfile da Consulado - Gabriela Ferrarez/ND

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Frase em defesa da ciência encerrou desfile da Consulado – Gabriela Ferrarez/ND

Último carro alegórico trouxe cartas de Fritz enviadas para Charles Darwin - Gabriela Ferrarez/ND

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Último carro alegórico trouxe cartas de Fritz enviadas para Charles Darwin – Gabriela Ferrarez/ND

Porta-bandeira mirim da Consulado no Carnaval 2025 - Mafalda Press/ND

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Porta-bandeira mirim da Consulado no Carnaval 2025 – Mafalda Press/ND

Público se emociona com ala das crianças da Consulado - Vivian Leal/ND

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Público se emociona com ala das crianças da Consulado – Vivian Leal/ND

Passista da Consulado no Carnaval 2024 - Mafalda Press/ND

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Passista da Consulado no Carnaval 2024 – Mafalda Press/ND

Mestre-sala e porta-bandeira da Consulado no Carnaval 2025 - Mafalda Press/ND

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Mestre-sala e porta-bandeira da Consulado no Carnaval 2025 – Mafalda Press/ND

Fauna representada no enredo da Consulado no Carnaval 2025 - Mafalda Press/ND

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Fauna representada no enredo da Consulado no Carnaval 2025 – Mafalda Press/ND

Consulado na Nego Quirido no Carnaval 2025 - Mafalda Press/ND

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Consulado na Nego Quirido no Carnaval 2025 – Mafalda Press/ND

Comissão de frente e carro abre-alas da Consulado no Carnaval 2025 - Mafalda Press/ND

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Comissão de frente e carro abre-alas da Consulado no Carnaval 2025 – Mafalda Press/ND

A roupa da porta-bandeira teve formas que lembraram pétalas, mas pintada do vermelho e branco que estampam a bandeira da Consulado. - Gabriela Ferrarez/ND

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A roupa da porta-bandeira teve formas que lembraram pétalas, mas pintada do vermelho e branco que estampam a bandeira da Consulado. – Gabriela Ferrarez/ND

Ala das baianas da Consulado trouxe como título 'Panapanã das Monarcas, o Mimetismo do Samba' - Mafalda Press/ND

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Ala das baianas da Consulado trouxe como título ‘Panapanã das Monarcas, o Mimetismo do Samba’ – Mafalda Press/ND

FRAME - Ala representando bromélias cobriu de verde a passarela Nego Quirido - Mafalda Press/ND

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FRAME – Ala representando bromélias cobriu de verde a passarela Nego Quirido – Mafalda Press/ND

A segunda escola a desfilar na Passarela Nego Quirido, a Consulado mergulhou o público em um universo lúdico e vibrante, inspirado na mente inquieta de Fritz Müller, o naturalista que desbravou a biodiversidade.

Com um enredo narrado em primeira pessoa pelo próprio Muller, o desfile transformou a avenida em um Jardim Secreto, onde fauna e flora ganhavam vida sob o olhar do cientista.

Uma homenagem emocionante

Antes de entrar na avenida, a escola dedicou o desfile à Fernanda Oliveira, diretora cultural da agremiação, que enfrenta um tratamento contra o câncer. O filho dela, Gabriel Oliveira, integrante do segundo casal de mestre-sala e porta-bandeira, emocionou-se ao falar sobre sua ausência.

“Mesmo sem estar fisicamente, minha mãe está presente em cada consulense que veste essa fantasia, em cada ritmista e membro da diretoria que fez esse desfile acontecer. Fernanda está presente”, declarou.

A explosão de cores e vida na avenida

Com 1.500 componentes, 19 alas, três alegorias e dois elementos alegóricos, o desfile foi dividido em cinco atos: O Delírio, O Jardim Secreto da Natureza, Da Terra para o Mar, O Jardim das Águas e Um Príncipe no Jardim de Darwin.

O carnavalesco Raphael Soares, autor do enredo, celebrou a realização do sonho. “Ver a avenida tomada pelo colorido que imaginei, sentir a emoção dos componentes e do público, é a certeza de que conseguimos contar essa história do jeito certo.”

E o sonho se materializou. A avenida virou um grande ecossistema, onde borboletas monarcas, abelhas, beija-flores e formigas dançavam entre bromélias e orquídeas, enquanto o mundo marinho também ganhava destaque. Uma das alegorias trouxe um caranguejo gigante soltando bolhas de sabão, criando uma verdadeira imersão oceânica.

A batida do samba e um final grandioso

Com um samba-enredo chiclete, a bateria Ordinária deixou o público cantar alto em diversos momentos. Para a rainha de bateria Thaynara Freitas, que celebrou seu sexto ano no posto, a emoção foi única. “Foi um desfile de garra e determinação, a realização de um ano inteiro de ensaios.”

A última alegoria foi um verdadeiro espetáculo. Nomeada “Entre cartas fui coroado, o Príncipe dos Observadores”, trouxe convidados ilustres, como o escritor Marcelo Vieira Nascimento e o biólogo Alberto Lindner, além do Grupo Cênico Fritz Müller.

No carro, uma mensagem ecoava o pensamento do cientista: “Jamais negará a ciência, quem vê a verdade em cada evidência”, reafirmando sua visão sobre o mundo e fechando o desfile com grandiosidade no Carnaval de Florianópolis.

A Consulado cruzou a dispersão cumprindo todos os requisitos de tempo e número de integrantes, encerrando sua passagem com um espetáculo visual e científico inesquecível.

Jardim das Palmeiras – “Matriarcas do Axé”

Ala 'Profetas da Intolerância' aborda o racismo religioso sofrido pelas religiões de matrizes africanas   - Gabriela Ferrarez/ND

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Ala ‘Profetas da Intolerância’ aborda o racismo religioso sofrido pelas religiões de matrizes africanas – Gabriela Ferrarez/ND

Escola destacou a luta contra o preconceito religioso - Gabriela Ferrarez/ND

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Escola destacou a luta contra o preconceito religioso – Gabriela Ferrarez/ND

Samba-enredo da escola trata do racismo religioso sofrido pelas religiões de matrizes africada - Gabriela Ferrarez/ND

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Samba-enredo da escola trata do racismo religioso sofrido pelas religiões de matrizes africada – Gabriela Ferrarez/ND

Componentes cantam o orgulho de

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Componentes cantam o orgulho de “ser do axé” – Gabriela Ferrarez/ND

Ala da Jardim das Palmeiras - Gabriela Ferrarez/ND

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Ala da Jardim das Palmeiras – Gabriela Ferrarez/ND

Escola levou enredo sobre as religiões de matrizes africanas - Gabriela Ferrarez/ND

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Escola levou enredo sobre as religiões de matrizes africanas – Gabriela Ferrarez/ND

Mestre-sala e porta-bandeira da Jardim das Palmeiras - Gabriela Ferrarez/ND

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Mestre-sala e porta-bandeira da Jardim das Palmeiras – Gabriela Ferrarez/ND

Jardim das Palmeiras levou para a avenida as histórias das 'Matriarcas do Axé' - Gabriela Ferrarez/ND

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Jardim das Palmeiras levou para a avenida as histórias das ‘Matriarcas do Axé’ – Gabriela Ferrarez/ND

Ala da Jardim das Palmeiras resgatou memórias da matriz africana - Gabriela Ferrarez/ND

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Ala da Jardim das Palmeiras resgatou memórias da matriz africana – Gabriela Ferrarez/ND

Ala da Jardim das Palmeiras no Carnaval de Florianópolis - Gabriela Ferrarez/ND

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Ala da Jardim das Palmeiras no Carnaval de Florianópolis – Gabriela Ferrarez/ND

Ala da Jardim das Palmeiras no Carnaval de Florianópolis fez homenagens a nomes da cultura de matriz africana - Gabriela Ferrarez/ND

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Ala da Jardim das Palmeiras no Carnaval de Florianópolis fez homenagens a nomes da cultura de matriz africana – Gabriela Ferrarez/ND

Cidadãos do samba na Jardim das Palmeiras no Carnaval 2025 em Florianópolis - Mafalda Press/ND

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Cidadãos do samba na Jardim das Palmeiras no Carnaval 2025 em Florianópolis – Mafalda Press/ND

Cidadãos do samba na Jardim das Palmeiras no Carnaval 2025 em Florianópolis - Mafalda Press/ND

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Cidadãos do samba na Jardim das Palmeiras no Carnaval 2025 em Florianópolis – Mafalda Press/ND

Mestre-sala e porta-bandeira da Jardim das Palmeiras no Carnaval 2025 em Florianópolis - Mafalda Press/ND

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Mestre-sala e porta-bandeira da Jardim das Palmeiras no Carnaval 2025 em Florianópolis – Mafalda Press/ND

Ala das baianas na Jardim das Palmeiras no Carnaval 2025, em Florianópolis - petra mafalda/ND

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Ala das baianas na Jardim das Palmeiras no Carnaval 2025, em Florianópolis – petra mafalda/ND

Ala das baianas na Jardim das Palmeiras no Carnaval 2025, em Florianópolis - Mafalda Press/ND

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Ala das baianas na Jardim das Palmeiras no Carnaval 2025, em Florianópolis – Mafalda Press/ND

Carro abre-alas no Carnaval 2025 da Jardim das Palmeiras, em Florianópolis - Mafalda Press/ND

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Carro abre-alas no Carnaval 2025 da Jardim das Palmeiras, em Florianópolis – Mafalda Press/ND

Comissão de frente da Jardim das Palmeiras no Carnaval 2025, em Florianópolis - petra mafalda/ND

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Comissão de frente da Jardim das Palmeiras no Carnaval 2025, em Florianópolis – petra mafalda/ND

Comissão de frente no Carnaval 2025 durante o desfile do Jardim das Palmeiras na Negro Quirido - Mafalda Press/ND

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Comissão de frente no Carnaval 2025 durante o desfile do Jardim das Palmeiras na Negro Quirido – Mafalda Press/ND

Comissão de frente no Carnaval 2025 durante o desfile do Jardim das Palmeiras na Negro Quirido - Mafalda Press/ND

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Comissão de frente no Carnaval 2025 durante o desfile do Jardim das Palmeiras na Negro Quirido – Mafalda Press/ND

Bateria da Jardim das Palmeiras no Carnaval 2025, em Florianópolis - Mafalda Press/ND

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Bateria da Jardim das Palmeiras no Carnaval 2025, em Florianópolis – Mafalda Press/ND

Única escola de samba representando São José, a Jardim das Palmeiras emocionou o público da Passarela Nego Quirido com o enredo “Matriarcas do Axé”.

A agremiação celebrou a ancestralidade, a luta e a sabedoria das Yalorixás, mães de santo que perpetuaram seus ensinamentos nas religiões de matriz africana no Brasil e na Grande Florianópolis.

Um desfile carregado de emoção e representatividade

O carnavalesco Fernando Constâncio, ao lado de Christian Fonseca, celebrou a realização de um sonho. “Foi um desfile rico, cheio de detalhes, imponente e expressivo. No ano passado desfilamos com o sol ainda presente, mas neste ano, sob o brilho da noite, nossa escola brilhou ainda mais”, afirmou Constâncio.

Com 1.300 componentes, 17 alas e duas alegorias, a escola trouxe uma narrativa dividida em quatro setores. Antes de entrar na avenida, a emoção já tomava conta da concentração.

Para Fran Soares, apoio do grupo musical do intérprete Guilherme Partideiro, a sensação era única. “Podemos dizer que é um momento de realização. Fizemos um trabalho bonito, com um enredo forte e poderoso.”

As grandes homenageadas giram na avenida

A ala de baianas, que seguiu a comissão de frente e o casal de mestre-sala e porta-bandeira, abriu o desfile saudando o público com suas saias verdes e brancas.

Entre elas estava Ana Regina, mais conhecida como Babaloo do Morro do 25. Aos 62 anos e avó de seis netos, ela fez história ao desfilar por todas as dez escolas.

“Minha energia vem de Deus. Desfilo desde os sete anos. Eu amo, vivo e respiro o Carnaval”, contou. E sua paixão tem inspiração familiar: Nega Tide, uma das grandes figuras do Carnaval de Florianópolis. “Ela era do Carnaval, e eu sou do Carnaval também.”

Axé, resistência e bênçãos na avenida do Carnaval de Florianópolis

Durante todo o desfile, a escola exaltou a resistência feminina, a luta pela liberdade religiosa e a intolerância enfrentada pelas religiões de matriz africana.

O encerramento foi um verdadeiro espetáculo de fé e cultura. A última alegoria trouxe Yalorixás convidadas, entre elas Mãe Celma de Iansã, Mãe Nagela de Xangô, Mãe Viviane de Oxum, Mãe Irani de Oxóssi e Mãe Jessica de Oyá, que derramaram axé e bênçãos sobre a avenida.

Com um desfile carregado de emoção, a Jardim das Palmeiras atravessou a dispersão cumprindo os requisitos mínimos.

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