Bloco das Divinas Tetas comemora 10 anos com festa histórica no Museu da República

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Um dos blocos mais icônicos do carnaval de Brasília, o Bloco das Divinas Tetas celebrou seus dez anos de folia com um evento inesquecível na praça do Museu da República, na segunda-feira de Carnaval. Com um repertório que vai da Tropicália a sucessos da música brasileira em versões carnavalescas, a festa reuniu mais  de 50 mil foliões e contou com a participação especial de Alexandre Carlo, vocalista do Natiruts, que está em carreira solo e trouxe ainda mais energia para o público.

A história do bloco começou em 2016, quando quatro amigos – Adolfo Neto, Aloizio Lows, Samyr Aissami e Thiago Delimacruz – decidiram levar o som da Tropicália para as ruas da capital. O que começou como uma homenagem modesta a ícones da MPB cresceu rapidamente, transformando o Divinas Tetas em um dos blocos mais esperados do Carnaval brasiliense.

O público fiel não decepcionou. Fantasiados, brilhando de glitter e embalados pelo som da banda formada por 15 músicos, os foliões lotaram o espaço e fizeram do aniversário do bloco um verdadeiro espetáculo de cores, dança e música. 

Ana Valéria Medeiros, 27 anos, moradora de Águas Claras, já estava no seu terceiro dia de bloquinho. Apesar do cansaço, o espírito carnavalesco a mantinha firme. “Carnaval é só uma vez por ano, né? A gente tem que se esforçar um pouquinho!”, brincou. Para ela, um dos maiores encantos da festa é a liberdade de se fantasiar e se divertir sem julgamentos.

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Camila Leão, 33 anos se reuniu com os amigos para curtir o Bloco do Divinas Tetas. 

“Antes do Carnaval, já penso nas fantasias e combino com meu grupo. Esse ano, decidimos vir de salada de frutas, então cada um escolheu uma fruta diferente para compor o look.” Além do Divinas Tetas, Ana já havia passado pelos blocos Batida do Morro, Bloco das Montadas e se preparava para seguir para o Bloco do Amor.

No mesmo grupo de Ana, outra foliã incansável era Bruna Luiza de Oliveira, também de 27 anos, moradora de Vicente Pires. Ela começou a curtição já na quinta-feira, antes mesmo do Carnaval oficial começar. “Esse ano tá mais intenso! Tem mais blocos na rua, mais gente, e acho que a tarifa zero ajudou muito.”

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As amigas Bruna Luísa e Ana Valério, e os amigos foram para o bloco do Divinas Tetas fantasiados de salada de frutas. 

Com um grupo de oito amigos – incluindo uma amiga que veio diretamente de Portugal –, Nalu fazia questão de marcar presença nos principais blocos. Mas o ritmo frenético já cobrava seu preço: “Hoje estou aqui só pela força do glitter! Amanhã, não sei se vão poder contar comigo.”

O Divinas Tetas também se mostrou um espaço inclusivo, reunindo não só jovens foliões, mas também famílias inteiras. Érica Morin, moradora do Jardim Botânico, levou o marido, o irmão, sobrinhos e as filhas para aproveitar a folia. As crianças, de 1, 6 e 8 anos, estavam animadíssimas.

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A família de Erica Morim está vindo para o carnaval de Brasília pela primeira vez, acompanhada do esposo, irmão, cunhada e seus quatros filhos. 

“É o primeiro ano que passamos o Carnaval em Brasília, geralmente viajamos. Mas estamos adorando! O evento está bem organizado, com muita gente animada e um ambiente seguro.” Depois do bloco, a família ainda planejava estender a festa para o Galinho, outra atração tradicional do Carnaval da cidade.

Além de foliões e famílias, o evento também movimentou o comércio local. Juliana, de 33 anos, moradora de Águas Lindas, trabalha há nove anos vendendo artigos de festa e viu no Carnaval uma ótima oportunidade para aumentar as vendas. “Está superando as expectativas! O pessoal está bem fantasiado, animado e responsável”, comentou.

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A vendedora Juliana Silva, 33 anos, trabalha com vendas de fantasia há mais de 10 anos. Moradora de Águas Lindas foi até o Museu Nacional com acessórios infantis e adultos para comercializar. 

Os produtos mais procurados? Leques, saias de tule, glitter e tiaras temáticas. Ela e sua equipe montaram um ponto de venda no bloco para atender a demanda e divulgar o Instagram da loja, @megadocefestas.

O Bloco das Divinas Tetas mostrou mais uma vez por que se tornou um dos símbolos do Carnaval brasiliense. Com um público diverso, desde foliões veteranos até famílias com crianças, e uma estrutura que garantiu segurança e diversão, a celebração de dez anos foi um marco na história do evento.

Para os organizadores, o objetivo sempre foi espalhar a alegria e a diversidade da música brasileira. Como destacou Paula Rios, produtora do bloco: “Queremos fazer uma festa para todos, cheia de energia e muita música boa. Essa é a cara do Divinas!”.

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