Milton Cunha emociona em duro desabafo sobre a LGBTfobia: “Parem de nos matar”

Amores, vocês viram — e ouviram — o discurso fortíssimo que o nosso querido Milton Cunha fez sobre a LGBTfobia, durante o desfile do Paraíso Tuiuti? E foi um desabafo super necessário. Fiquei profundamente impactada com tudo o que ele falou!

Acontece que, durante o desfile do Paraíso do Tuiuti, sobre Xica Manicongo, símbolo da resistência trans, o carnavalesco e apresentador do carnaval da TV Globo, Milton Cunha, aproveitou o tema para fazer um longo e duro discurso sobre as angústias presentes na comunidade LGBTIAPN+ em uma sociedade preconceituosa.

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O carnavalesco aproveitou o enredo da Tuiuti para desabafar (Reprodução)

“Eu, do meu lugar de fala, tiro o chapéu para escolas de samba como a Tuiuti, tiro o chapéu para o presidente [Renato] Thor, por ter coragem de nos trazer, nós, LGBTIAPN+, excluídos, apontados, assassinados, para esse lugar de visibilidade que é a Marquês de Sapucaí”, desabafou.

Milton manifestou toda a revolta que sente diante de inúmeros casos de LGBTfobia que a comunidade sofre diariamente.

“Todos os seres humanos, parem de nos matar. O Brasil é o país que mais nos mata no mundo.”

E continuou: “Cada dedo que nos apontam, cada olhar. Nós somos crianças espancadas, nós somos crianças jogadas para escanteio. A gente não pode ir na sala porque os vizinhos, os juízes, os diretores de colégio, os padres, todo mundo odeia a gente.”

Ao fim do discurso, Milton Cunha exaltou Xica Manicongo e a escola Azul e Amarela pela escolha do enredo.

“Que venha a Tuiuti, que venha Xica Manicongo nos representar e dizer: ‘Nós somos seres humanos, nós merecemos todo o respeito do mundo. Viva a tolerância, viva a democracia, viva a fraternidade, viva o humanismo!”, finalizou.

Vale ressaltar que Xica Manicongo foi a primeira trans brasileira, oficialmente documentada. De acordo com registros do século 16, ela foi escravizada em Salvador, e ficou conhecida na época por se recusar a usar trajes masculinos.

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