Mabel lança Brilha Goiânia, primeira etapa do Programa Cidade Inteligente e prevê nova fase em junho

Com colaboração de Bonny Fonseca

O prefeito de Goiânia, Sandro Mabel (UB), lançou, nesta quinta-feira, 6, a primeira etapa do Programa Cidade Inteligente, que prevê a modernização da prestação de serviços como iluminação pública, segurança e mobilidade urbana. “Estava programado para iniciar 12 meses depois da assinatura do contrato, mas a partir de amanhã (sexta-feira,7,) a empresa já está organizando e vão colocar 1 mil lâmpadas por dia e até junho vamos conseguir cobrir Goiânia inteira e acabar com essa escuridão que tá por aqui”, afirmou.

O programa foi idealizado no programa de governo de Maguito Vilela (MDB), que venceu as eleições em 2020, mas morreu antes de iniciar o mandato. A etapa de substituição da iluminação pública por lâmpadas de led foi leiloada na Bolsa de Valores de São Paulo (B3), no ano passado, por R$ 1,4 bilhão. São cerca de 178 mil pontos de luz que serão substituídos pela empresa.

Segundo a empresa, que arrematou o leilão com um lance de R$ 4,7 milhões, as luminárias de são dos modelos F-Led e Agnes e foram escolhidas para substituir as tradicionais lâmpadas de vapor. As novas lâmpadas são mais eficientes, duráveis, devem resultar em uma economia de 50% de energia e dependem menos de manutenção. Um dos maiores diferenciais do projeto é a implantação do conceito de Cidades Inteligentes, que vai além da substituição de luminárias.

Cidade inteligente

O consórcio de empresas que deu o maior lance será responsável, além da manutenção da iluminação pública, pela eficientização, operação, implantação, manutenção da infraestrutura de telecomunicações e a instalação de uma usina fotovoltaica será operado pela empresa vencedora em um contrato que vai vigorar pelo período de 25 anos. Além disso, a empresa deve suprir a demanda de internet nas 53 edificações públicas, integrar 272 pontos de videomonitoramento e instalar 75 pontos de wi-fi na cidade.

“Cidade inteligente não é só isso, teremos um centro de operações muito importante com uma inteligência artificial para pegar as manobras de ladrões, dos bandidos, para que se possa dar a Goiânia não só essa segurança, mas uma segurança total”, disse o prefeito.

Segundo representantes do consórcio a execução contratual da infraestrutura de telecomunicações, da usina fotovoltaica e da gestão do sistema através do Centro de Controle de Operações (CCO) deve começar a partir de seis meses da assinatura do contrato o que segundo Mabel deve acontecer até o final da próxima semana.

O leilão foi realizado durante a gestão de Rogério Cruz (SD), mas o Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) concedeu medida cautelar que impedia a assinatura do contrato entre a Prefeitura de Goiânia e as empresas que venceram a licitação. A previsão é que o Paço economize até R$ 15 milhões por mês com a concessão dos serviços de iluminação, sob a alegação que já haviam contratos vigentes para o mesmo tipo de serviço.

A cautelar foi derrubada pelo plenário do tribunal na última semana de fevereiro, conforme mostrou o Jornal Opção, mas fez uma série de recomendações, como a identificação dos equipamentos no âmbito do contrato de encargo da futura concessionária. O Paço deve ainda nomear ainda um especialista nas áreas relacionadas ao tema, como membro do Comitê de Monitoramento e Gestão para fiscalizar o cumprimento do contrato e a criação de um site para garantir a transparência da prestação dos serviços.

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