Igreja de “ouro” segue interditada um mês após tragédia em Salvador

Um mês após o trágico desabamento que resultou na morte da turista Giulia Panchoni Righetto, de 26 anos, a Igreja de São Francisco, famosa por seu interior revestido de ouro e conhecida como a “igreja de ouro”, segue interditada. A jovem, que estava em Salvador acompanhada de uma amiga, foi vítima do acidente ocorrido no dia 5 de fevereiro.O incidente deixou Giulia sem vida e feriu outras cinco pessoas. Entre elas, Ludmila Steffen Celaschi, também de 26 anos, amiga de Giulia, que sofreu um ferimento no supercílio e passou por sutura no Hospital Santa Isabel. As outras quatro vítimas foram atendidas na UPA dos Barris e já receberam alta médica.A Polícia Federal ainda investiga as causas do desabamento, mas não há previsão de quando a investigação será concluída devido à complexidade do caso. Até a última quinta-feira, 6 de março, nenhum escombro ou item artístico religioso foi retirado do local, que permanece isolado.

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Em resposta ao acidente, o Ministério Público Federal (MPF) emitiu, em 7 de fevereiro, uma recomendação solicitando medidas emergenciais à Superintendência do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) na Bahia e à Ordem Primeira de São Francisco. O MPF também instaurou um procedimento administrativo para apurar as responsabilidades pelo ocorrido e assegurar providências urgentes.É importante lembrar que, em 2021, uma sentença da Justiça Federal já havia determinado, em ação civil pública movida pelo MPF em 2016, que o Iphan e a Ordem Primeira de São Francisco tomassem medidas para a conservação da igreja, o que voltou a ser cobrado após o acidente. No dia 6 de fevereiro, o Iphan havia agendado uma visita técnica ao local para avaliar um problema no forro do teto, mas sem indicar uma situação emergencial.

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