Drenar DF: Após escavações, montagem das galerias é essencial para estabilidade do sistema de drenagem

10.3. drenar de segunda feira. foto paulo h. carvalho agencia brasilia 1536x1023

Após as equipes do Drenar DF terem rompido o trecho de solo rígido, no sábado (8), o trabalho agora vai se concentrar na montagem das galerias subterrâneas. Os serviços visam a garantir a estabilidade e segurança dos túneis, construídos de modo não destrutivo, e vão possibilitar o funcionamento total do maior programa de captação e escoamento de águas pluviais do Governo do Distrito Federal (GDF).

As ações incluem a injeção de solo-cimento, uma técnica que proporciona mais estabilidade e resistência à construção, além da limpeza do túnel, com a retirada de terra e equipamentos da área, a aplicação de malhas de aço e, por fim, a execução do concreto projetado, que vai revestir a estrutura.

Concluídas essas etapas, serão abertas 291 novas bocas de lobo, construídas em pontos estratégicos da Asa Norte, e dos pontos de derivação. Também chamados de “janelões”, esses dispositivos conectam a rede existente à nova, eliminando o risco de sobrecarga do sistema antigo. Os primeiros pontos foram abertos em janeiro, permitindo que a bacia enchesse pela primeira vez; os demais serão liberados em breve.

Com um investimento de R$ 180 milhões, o Drenar DF foi dividido em cinco lotes, que percorrem as imediações da Arena BRB (Estádio Nacional Mané Garrincha), passando pelas quadras da Asa Norte 902 (perto do Colégio Militar), 702, 302, 102, 202 e 402, cruzando a W3 e a W5 Norte e o Eixo Rodoviário Norte (Eixão), além da via L2 Norte, e chegando à L4 Norte, próximo ao Setor de Embaixadas Norte.

Segundo Hamilton Lourenço Filho, diretor técnico da Terracap – empresa pública responsável pelo programa –, esses serviços permitem que o Drenar DF possa operar de forma integral e segura. “Após a abertura das bocas de lobo, quatro dos cinco contratos estão totalmente concluídos”, explica. “O único que ainda estará em andamento será o lote 2, onde tivemos a escavação do solo rígido, com operações superficiais, como instalação de tampas nos poços de visita e recuperação da área em que estava o canteiro de obras”.

Solos

Diante da complexidade da obra, foram feitos estudos sobre os tipos de materiais que seriam encontrados durante o serviço. O mais comum deles, o solo mole, esteve presente em quase todo o trecho de 7,7 quilômetros que recebe o sistema de drenagem. Outra categoria era a de um solo pouco rígido. Nos dois casos, os técnicos chegaram à conclusão de que a escavação poderia ser manual.

O trecho de solo rígido foi encontrado durante o andamento do projeto na área correspondente ao segundo lote. Foram usadas escavadeiras e furadeiras hidráulicas – equipamentos especializados, munidos de brocas, capazes de perfurar e romper solos resistentes. Antes da descoberta, o trabalho era executado de forma manual, com uso de pá, picareta e martelete elétrico.

Segurança e sustentabilidade

Os túneis subterrâneos vão direcionar as águas da chuva para a bacia de detenção, localizada na ponta do projeto, às margens do Lago Paranoá. O reservatório foi construído dentro do Parque Urbano Internacional da Paz, no Setor de Embaixadas Norte, que também compõe o Drenar DF.

O objetivo é reduzir a pressão da água que chega ao lago e o índice de sujeira incorporado a partir de decantação. Antes, o volume chegava em alta velocidade e repleto de resíduos, animais mortos e lixo em geral.

Além da bacia de detenção e dos 7,7 quilômetros de túneis, o projeto também incluiu a abertura de mais de 290 bocas de lobo em pontos estratégicos da Asa Norte e de 108 poços de visita (PVs), usados durante a escavação e, futuramente, para a manutenção e inspeção das galerias. As obras são executadas por empresas contratadas pela Agência de Desenvolvimento do Distrito Federal (Terracap).

*Com informações da Agência Brasília

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