Santander fecha agências bancárias e preocupa clientes

Nos últimos anos, o setor bancário brasileiro tem passado por transformações significativas, com destaque para as mudanças implementadas pelo Santander. Este banco, que atende mais de 69,2 milhões de clientes em todo o país, segundo dados do Banco Central, tem adotado novas estratégias para se adaptar às demandas do mercado. Em 2024, o Santander registrou um lucro líquido gerencial de R$ 10 bilhões nos primeiros nove meses, representando um crescimento de 40,5% em relação ao mesmo período de 2023.

Apesar dos resultados financeiros positivos, o Santander tem enfrentado críticas devido ao fechamento de agências. De acordo com o Sindicato dos Bancários, o número de agências caiu de 2.537 para 2.459 em um ano, uma redução de 78 unidades. Essa mudança faz parte de uma estratégia de reestruturação que prioriza canais digitais, o que tem gerado preocupações sobre a qualidade do atendimento ao cliente.

Qual é o impacto do fechamento de agências bancárias?

O fechamento de agências bancárias tem gerado debates sobre o impacto no atendimento ao cliente. Wanessa de Queiroz, coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados do Santander, destacou que a redução de postos de trabalho e o fechamento de agências afetam tanto clientes quanto funcionários. O modelo de “Multicanalidade” adotado pelo banco prioriza o atendimento digital, especialmente para clientes com maior poder aquisitivo, o que pode deixar uma parcela significativa da população sem acesso ao atendimento presencial.

Essa tendência não é exclusiva do Santander. Outras instituições financeiras, como Bradesco, Itaú e Banco do Brasil, também estão reforçando seus canais virtuais. No entanto, o modelo de negócios do Nubank, que opera exclusivamente por meio de aplicativos, tem se destacado como um exemplo de sucesso na adaptação ao ambiente digital.

Como o Banco Central regula essas mudanças?

O Banco Central do Brasil desempenha um papel crucial na regulação do setor bancário, sendo parte do Conselho Monetário Nacional. Embora tenha responsabilidades públicas e mantenha vínculos com o Ministério da Economia, as decisões sobre fechamento de agências e outras estratégias são tomadas individualmente por cada instituição financeira.

Isso permite que os bancos adaptem suas operações conforme suas necessidades e objetivos de mercado.

Santander fecha agências bancárias e preocupa clientes
Santander (Créditos: depositphotos.com / rafapress)

Quais são as perspectivas para o futuro do setor bancário?

O futuro do setor bancário no Brasil parece estar cada vez mais voltado para a digitalização. As instituições financeiras estão investindo em tecnologia para melhorar a experiência do cliente e reduzir custos operacionais. No entanto, é essencial que essas mudanças não comprometam o acesso ao atendimento de qualidade para todos os clientes, independentemente de sua renda ou localização geográfica.

Em suma, enquanto o Santander e outros bancos continuam a explorar novas estratégias digitais, o desafio será equilibrar a inovação com a necessidade de manter um atendimento inclusivo e acessível. A evolução do setor bancário dependerá de como essas instituições conseguirão integrar a tecnologia com o atendimento humano, garantindo que todos os clientes sejam atendidos de forma eficaz e eficiente.

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