Pastora morre em UPA de Salvador por demora no socorro, diz família

Uma pastora morreu no 16º Centro de Saúde Maria Conceição Imbassahy, no bairro do Pau Miúdo, em Salvador, nesta terça-feira, 12. Segundo familiares de Adnailda Souza Santos, de 42 anos, que era asmática e sofria com falta de ar, ela veio à óbito “pela demora no atendimento”. Um vídeo gravado pelo marido da pastora, Sidnei Monteiro, mostra o sofrimento da mulher. Ele acompanhou a esposa e tentou chamar atenção dos profissionais de saúde. “Eu preciso de oxigênio. (…) Doutor, libera oxigênio aqui”, clamava a pastora no vídeo. Dina, como era mais conhecida, aparece nas imagens gemendo de dor.Imagens mostram ainda que Sidnei tentou chamar uma assistente social e o médico plantonista da Unidade de Pronto Atendimento (UPA). Dois policiais militares também estavam no local.A família conta que a pastora caiu desacordada por volta das 20h, cerca de três horas após dar entrada na unidade de saúde. Só depois disso, Dina teria recebido atendimento. Ainda de acordo com o marido de Dina, ela recebeu uma pulseira amarela, classificação indica atendimento urgente, porém que pode esperar.

|  Foto: Reprodução | Redes Sociais

Secretaria Municipal de Saúde (SMS) nega versãoA Secretaria Municipal de Saúde (SMS) disse que a pulseira entregue foi a laranja, que demanda atendimento ainda mais breve dada a gravidade do caso. Além, de lamentar o ocorrido, a SMS negou também que houve demora no atendimento, afirmando que “durante consulta médica, houve piora do quadro de dor e a paciente foi prontamente encaminhada para a sala de assistência à pacientes críticos e iniciadas de imediato medidas de suporte à vida”, diz a nota. 

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Veja nota na íntegraA Secretaria Municipal da Saúde (SMS) de Salvador, primeiramente, lamenta o óbito ocorrido e se solidariza com muito pesar junto aos familiares e amigos. Adicionalmente esclarece que a paciente foi admitida no Pronto Atendimento (PA) Maria Conceição Santiago Imbassahy por volta das 17h40 da última terça-feira (11), sendo prontamente encaminhada para atendimento prioritário conforme classificação de risco laranja.Durante consulta médica houve piora do quadro de dor e a paciente foi prontamente encaminhada para a sala de assistência à pacientes críticos e iniciadas de imediato medidas de suporte à vida. Apesar de todas as manobras clínicas instituídas, a mesma evoluiu para óbito. Os familiares foram acolhidos pela equipe multiprofissional da unidade. Referente ao acionamento da Polícia Militar, esclarecemos ainda que a UPA conta com policiamento fixo; na referida situação de agitação na recepção, os mesmo identificaram a necessidade de se realizar abordagem de contenção, sem uso da força.

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