Recuperação da RSC-153 avança lentamente; expectativa é que problemas se tornem menos frequentes

Um dos trechos de uma das principais rodovias estaduais para escoamento da produção entre o Norte do Rio Grande do Sul e o Porto de Rio Grande, e também de veículos que transitam pela RSC-153, é alvo de constantes reclamações por conta das precárias condições. Motoristas que trafegam pelos pouco mais de 81 quilômetros entre Barros Cassal e Vera Cruz vivem sob o risco de terem seus veículos danificados ou de situações ainda mais graves, como acidentes. Mas a expectativa é de que os problemas se tornem menos recorrentes em virtude de melhorias que estão sendo executadas ao longo do trecho, especialmente entre Gramado Xavier e Barros Cassal, onde a situação é mais crítica.

Com a realização da Expodireto em Não-Me-Toque e, no fim do mês, da Expoagro Afubra, em Rio Pardo, o fluxo aumenta e os casos de motoristas com problemas também. Mas quem circula pelo trecho com mais frequência lamenta a demora para que as melhorias aconteçam. Buracos que são armadilhas na rodovia, principalmente em dias de chuva e com cerração à noite, e a falta de sinalização e de manutenção – como roçadas nas margens da pista e limpeza das valetas – são as maiores reclamações dos condutores.

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O caminhoneiro José Homero Correa dos Santos, 44 anos, realiza o trajeto de Camaquã a Gramado Xavier de 15 em 15 dias há cerca de três meses. Ele destaca que o pior trecho é entre Herveiras e Gramado Xavier, onde há muitos buracos e a camada asfáltica está soltando. José conta que já sofreu diversos sustos em razão das más condições. “Por sorte ainda não me aconteceu nada. Mas vejo com frequência pessoas com problemas na rodovia. Trafegar neste trecho tem o risco muito grande de tombar, por ter que desviar ou mesmo bater em outro veículo.”

O proprietário de uma oficina em Barros Cassal, Elonir José Pozzebon, 47 anos, diz que diariamente entre oito e dez veículos ficam “empenhados” nas proximidades por conta das condições da rodovia. “É muito triste ver famílias de longe paradas, às vezes à noite. Tenho oficina de máquinas pesadas, mas acabo socorrendo e auxiliando de alguma forma”, ressalta. “A situação da estrada, aos poucos, está melhorando. Esse trabalho é muito importante e precisa ser feito de forma urgente.”

Gabriel Freire, 20 anos, também comemora a realização das obras. Ele é frentista de um posto às margens da RSC-153, em Linha Cinco, Sinimbu. “Infelizmente, ouvimos diariamente relatos de motoristas com problemas nos carros e até em motos por conta dessa situação. Mas com certeza, com as obras, vai melhorar muito.”

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Homens na pista

Os trabalhos de melhorias estão sendo realizados há quase um mês pela empresa RGS Engenharia, de Santa Cruz do Sul, contratada pelo Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer) depois de romper com uma empresa da região. Neste período, foram realizados trabalhos urgentes de tapa-buracos, principalmente nas imediações de Herveiras. A extensão que passa pelo município é dividida pelas duas realidades: um lado da pista já recebeu camada asfáltica nova, enquanto o outro está tomado por desníveis e buracos profundos. Pouco antes de chegar a Gramado Xavier se torna quase impossível manter uma velocidade razoável e segura, já que as duas pistas estão cheias de crateras profundas.

A partir do trevo de acesso a Gramado Xavier as condições da rodovia melhoram, já que um trecho de quase dez quilômetros está totalmente recapeado. No entanto, a falta de sinalização torna o tráfego perigoso, principalmente à noite. Depois de concluído o recapeamento, a pintura também será feita pela RGS.

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Já nas proximidades de Barros Cassal, uma equipe da RGS realiza a reperfilagem, que consite na aplicação de material para correção de desníveis e buracos. Uma extensão de sete quilômetros já está concluída. Após esta etapa será aplicada a camada asfáltica final. Pequenas extensões são realizadas em um dos lados, possibilitando assim o tráfego de veículos em meia pista. Em paralelo, outra equipe trabalha nas melhorias das margens, com aberturas de canaletas e roçadas.

O secretário estadual de Logística e Transportes, Juvir Costella, destaca que o avanço nos trabalhos se deve à nova contratação. “Tínhamos dificuldade com a empresa anterior que nos atendia na região de Santa Cruz. Então conseguimos contratar uma nova empresa que está nos atendendo bem. Na RSC-471, por exemplo, que forma esse mesmo corredor logístico com a RSC-153, já melhoramos muito a rodovia. No caso da 153, estão sendo realizadas operações frequentes de serviços de tapa-buracos para melhorar a condição de tráfego.”

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