Sinônimo de diversão e tradição em família, Festa Campeira finaliza neste domingo

Para enaltecer os costumes, as tradições e o folclore do povo gaúcho e divulgar as habilidades e os hábitos campeiros, a 35ª Festa Campeira do Rio Grande do Sul (Fecars) termina neste domingo. O evento tem a participação de cerca de 3 mil laçadores, vindos de 30 regiões tradicionalistas. Para garantir presença, eles venceram as seletivas nas respectivas regiões. Realizada no Parque de Eventos, a Fecars tem entrada gratuita e é realizada pelo Movimento Tradicionalista Gaúcho (MTG), Fundação Cultural Gaúcha e 5ª Região Tradicionalista, com patrocínio da Prefeitura de Santa Cruz. 

Durante os quatro dias, são realizadas eliminatórias e finais nas modalidades Laço Rapaz, Laço Irmão, Laço Vaqueano, Laço Veterano, Laço Piá, Laço Menina, Laço Guri, Laço Guria, Laço Prenda, Laço Patrão e Capataz e Laço Vaca Parada, além de gineteada e prova de rédeas. Em paralelo ainda ocorre o Torneio de Truco Cego de Integração e o Seminário de Cultura Campeira, com o tema Rio Grande Antigo: Do Acessório à Lida, o Legado do Gaúcho.

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O presidente da comissão executiva da Fecars e diretor Campeiro da 5ª RT, André Wille, enfatiza que a Fecars reúne os melhores do Estado da área campeira. “Aqui se imita realmente o homem do campo, a cavalo, que captura rês no laço. Então, as 30 regiões procuram selecionar os seus melhores em todas as modalidades”, diz. “Aqui eles brigam entre si para sair o campeão estadual. Por isso a Fecars é tão valorizada. Tanto que nós não temos prêmio em dinheiro. Aqui o prêmio é a própria honra.”

Entre os destaques do fim de semana estão as finais do Laço Seleção, no qual cada Região Tradicionalista inscreve uma equipe de dez laçadores. A disputa da modalidade começou nessa sexta-feira, com duas armadas. No sábado serão realizadas mais duas, e na manhã de domingo, a última da fase classificatória. À tarde ocorre a grande final.

“Até essa sexta-feira já tínhamos mais de 13 mil pessoas acampadas no parque. Está uma temperatura agradável e temos estrutura excelente – arquibancada, luz, água, praça de alimentação, banheiros – para receber os visitantes. E também uma vasta programação de provas, principalmente as finais, que são adrenalina pura”, enfatiza a presidente da 5ª Região Tradicionalista, Marisa Rossa. “Com certeza, enchem os olhos de quem prestigia e gosta da lida campeira.” Ela ainda acrescenta que o planejamento do evento iniciou já em julho do ano passado.

Gosto pela lida campeira passa de geração para geração

O intercâmbio por meio das lidas campeiras integra os participantes de 30 regiões tradicionalistas de todo o Estado, além de preservar os hábitos e costumes típicos e movimentar famílias inteiras. 
A família Hoff, de Vera Cruz, apaixonada pelo tradicionalismo, está acampada no parque durante os quatro dias de evento. Paula Hoff, 34 anos, adianta que senão estão envolvidos com rodeio no fim de semana, a sensação é de que algo está faltando. “Nós adoramos todo o envolvimento. Eu e a Leoci (sogra) fazemos almoço, tomamos chimarrão e nos integramos com pessoas de diversos lugares. Tudo é muito bom.” 

Competidores, Renato José Hoff, 63 anos; o filho Gelson Joel Hoff, 39 anos, e o neto de 6 anos participam da disputa do Laço Gerações. “É algo que está enraizado na família. Meus três filhos tomaram gosto pelo tradicionalismo e agora os netos também. É um ambiente em que gostamos de estar”, conta Renato, que já foi patrão do CTG Herança Farroupilha. 

Gelson também compete no Laço Seleção. Junto com outros nove laçadores, representa a 5ª RT, pela qual já foi campeão duas vezes, vice-campeão duas vezes e também terceiro lugar. Esta é a 17ª Fecars de que participa. Além de competir, na sexta-feira Gelson colaborou com o evento disponibilizando as mais de 220 cabeças de gado utilizadas nas provas durante o dia. 

Prova fez Carlos e o filho Pedro virem de Passo Fundo

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Vindo de Passo Fundo, Carlos Alexandre Sander Scheidt, 35 anos, estava emocionado ao acompanhar o filho Pedro Arthur Oliveira Scheidt, de 6 anos, pela primeira vez numa competição longe de casa. Eles estão acampados com os integrantes da 7ª Região Tradicionalista e decidiram ficar até domingo.

Pedro Arthur participa da competição de Laço Vaca Parada até 6 anos. “Estar aqui é muito gratificante. Chegar num patamar deste em que muitos gostariam de estar é uma grande alegria, uma vitória, independente da posição em que ele ficará na competição”, conta Carlos Alexandre. “É um sonho para um pai ter o filho participando de um espetáculo desses.”

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