Chico Buarque participa de show de Gilberto Gil e relembra ditadura

O show de Gilberto Gil, que acontece na noite deste sábado, 15, na Arena Fonte Nova, foi, além de uma celebração à trajetória musical do baiano, espaço político. E não poderia ser diferente, se tratando do ex-Ministro da Cultura, conhecido pelo seu intenso ativismo social.

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Em um momento emocionante durante o show, o cantor e compositor Chico Buarque “participou” da apresentação e relembrou o período da ditadura. “Essa música retrata bastante aquele momento político do Brasil e o ‘Cálice’, que é justamente a censura, o ‘Cálice’ do verbo calar. E essa música acabou sendo censurada, a música que falava da censura foi censurada. Começaram a desligar os microfones, desligaram o do Gil, desligaram o meu, foram desligando um a um”, afirmou Chico.Gilberto Gil foi um dos maiores símbolos de resistência durante a ditadura militar no Brasil. Preso duas vezes em 1968 por suas músicas e ideais políticos, foi exilado para Londres, onde permaneceu até 1972. Durante esse período, sua música, como “Cálice”, se tornou um instrumento de protesto contra a repressão. Gil voltou ao Brasil em 1972, após a censura e o exílio, mantendo sua arte como uma poderosa ferramenta de resistência e luta pela liberdade.Na sequência, Gil cantou a música “Cálice” e emocionou ao mostrar vítimas da ditadura, entre elas, o deputado Rubens Paiva, retratado no sucesso ‘Ainda Estou Aqui’ e o jornalista Vladimir Herzog, que viveu na Bahia. O amigo Caetano Veloso, que chegou a ser preso no período, também foi lembrado.Como resposta, ele recebeu dos fãs um coro e o pedido: Sem Anistia!

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