Moradores de Taguatinga vivem em zona de insegurança

açao de acolhimento

Por Daniel Xavier
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A falta de segurança tem sido uma preocupação crescente para os moradores e comerciantes de Taguatinga-DF. Segundo os dados mais recentes da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP-DF), já são 23 furtos e 109 roubos na região.

Apesar do policiamento ostensivo, a população sente a falta de uma presença mais efetiva das forças de segurança.

Valéria Alves, moradora da região, 26 anos, conversou com Jornal de Brasília e disse há três dias foi vítima de um assalto ao retornar para casa, em Taguatinga. Ela seguia seu trajeto após descer na parada de ônibus quando foi abordada por um homem alto de cabelos grisalhos, que exigiu seu celular e carteira.

Apesar de não portar arma, o assaltante utilizou a intimidação física para obrigá-la a entregar seus pertences. “Nunca me senti tão acuada, sou mulher, ele um rapaz sem caráter, usou sua força para me assaltar”, relembra com olhos cheios de lágrimas.


“Insegurança e medo”

Segundo a vítima, o policiamento é mais presente durante a manhã, mas praticamente inexistente à noite. O crime aconteceu por volta das 18h, horário considerado crítico por conta do trânsito de trabalhadores retornando para casa. “Mulheres que caminham sozinhasse tornam alvos fáceis para criminosos, quando começa a escurecer, não existe mais polícia” declara Valéria.

Embora tenha conseguido bloquear seus cartões rapidamente, Valéria precisou providenciar novos documentos. O impacto emocional, no entanto, foi significativo. “Fiquei muito abalada, poderia ter sido pior se ele estivesse armado”, relata.

Procurada pelo JBr, a Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) afirma manter patrulhamento contínuo, abordagens e operações para coibir os crimes na localidade. As ocorrências são monitoradas e atendidas conforme os chamados via 190. A corporação orienta que, em casos de assalto, a vítima mantenha a calma, evite reação e após se afastar da zona de perigo, ligue no 190 e depois registre o boletim de ocorrência.


Prejuízo e falta de resposta policial


Leonoardo Rodrigues, 32 anos, proprietário da empresa Snowball Sorveteria na região de Taguatinga, recentemente também sofreu com a insegurança. Seu estabelecimento foi arrombado na madrugada. O crime foi registrado por câmeras de segurança, que mostraram o invasor utilizando um pedaço de madeira para forçar a entrada.

O prejuízo estimado foi de R$ 7.000, sendo R$ 2.500 apenas em chocolates furtados. O dinheiro do caixa também foi levado. Apesar do boletim de ocorrência e da coleta de evidências pela perícia, o crime nunca foi solucionado. “A falta de segurança desanima qualquer empreendedor”, afirma.

Ele critica a demora na resposta policial e defende um policiamento mais ostensivo, com rondas frequentes. “Agora, precisei investir em câmeras e alarmes para proteger meu próprio negócio, mas isso deveria ser responsabilidade do Estado” afirma Leonardo. Diante do aumento dos casos de furtos e roubos, moradores e comerciantes cobram medidas mais eficazes para coibir a criminalidade. A sensação de insegurança afeta a rotina de quem vive na região, principalmente à noite. A população espera a intensificação do policiamento e estratégias mais eficazes para garantir tranquilidade nas ruas de Taguatinga.

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