Faculdade Santa Marcelina interdita atlética de Medicina após faixa com alusão a estupro

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A Faculdade Santa Marcelina interditou a atlética de Medicina “até segunda ordem” após um grupo de alunos cantar um hino e usar bandeiras com dizeres “entra a p…, escorre sangue”, em alusão ao crime de estupro. O caso ocorreu no sábado, 15, durante um jogo universitário. Procurada, a Atlética não se manifestou.

A imagem do evento mostra ao menos 20 estudantes segurando a faixa. Em nova nota, divulgada na quinta, 20, a Faculdade disse que indicou os nomes dos envolvidos à 8ª Delegacia da Mulher, responsável pela investigação, comunicou o Ministério Público e instaurou sindicância.

A denúncia foi feita na segunda-feira, 17, pelo Coletivo Francisca, um grupo formado por alunas e ex-alunas da faculdade. Além de repudiar o ocorrido em suas redes sociais, o coletivo informou ter enviado um documento à administração da Santa Marcelina.

“Além de extremamente violento, e com diversas alusões ao crime de estupro, o hino até mesmo faz menção a relações sexuais com membros da Igreja que compõe o corpo docente da faculdade (‘vem irmãzinha, pega no meu…'”, diz o coletivo.

O caso ocorreu durante a Intercalo, um evento esportivo voltado aos calouros da faculdade. A apresentação da bandeira envolveu alunos do time de handebol e membros da atlética.

Segundo o coletivo, a frase faz parte de um hino da atlética da faculdade que, pelo conteúdo sexual e machista, foi banido em 2017.

As atléticas são agremiações formadas por faculdades e universidades para a programação de eventos esportivos, sociais, culturais e festivos.

Outros casos envolvendo estudantes de Medicina

Em abril de 2023, um vídeo gravado durante uma competição de alunos de medicina em São Carlos, em que os estudantes desfilaram nus e simularam masturbação, fez com que a Universidade Santo Amaro expulsasse 15 alunos.

Eles foram reintegrados meses depois, por decisão judicial, mas respondem a processo administrativo aberto pela instituição.

Estadão conteúdo

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